ARAPUÁ

Sociedade civil se reúne para discutir demarcação de terra indígena em Alto Alegre

Encontro busca criar um grupo de trabalho para acompanhar o processo, que envolve a ampliação da área indígena para 27,9 mil hectares

Lavrado protegido pelas lideranças da região de Arapuá (Foto: CIR)
Lavrado protegido pelas lideranças da região de Arapuá (Foto: CIR)

Representantes da sociedade civil, produtores rurais e autoridades municipais vão se reunir nesta sexta-feira (28), às 19h, na Câmara Municipal de Alto Alegre, para discutir a possível demarcação da Terra Indígena Arapuá. O encontro busca criar um grupo de trabalho para acompanhar o processo, que envolve a ampliação da área indígena para 27,9 mil hectares.

O coordenador do movimento “Roraima Quem Ama Defende”, Jailson Mesquita, afirmou que a demarcação foi definida após um acordo entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas que afeta diretamente propriedades rurais e parte da cidade de Alto Alegre.

O evento contará com a presença de entidades como o Sindicato dos Pequenos Agricultores, a Associação dos Arrozeiros, a ProSoja, além do Conselho Estadual das Cidades, Conselho Municipal da Cidade de Alto Alegre, Câmara Municipal e a Prefeitura. A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) também deve enviar um representante.

Entenda o caso

A comunidade Arapuá, composta por indígenas das etnias macuxi e wapichana, reivindica a ampliação do território, atualmente com 600 hectares e onde vivem 57 pessoas. O local é cercado por fazendas de soja e pecuária. Os indígenas argumentam que a ampliação garantiria áreas de caça, igarapés e matas essenciais para a subsistência.

Atualmente, além da Terra Indígena Arapuá, duas outras áreas em Roraima estão com processos de demarcação em andamento: a Terra Indígena Pirititi e a Terra Indígena Anzol. Segundo Mesquita, essas demarcações causam “um dano muito grande à população”, impactando o agronegócio e o desenvolvimento da região.

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