Cotidiano

Surto de chikungunya e dengue podem afetar Roraima

Quarto caso de chikungunya é confirmado no Estado. Os pacientes são residentes no bairro Cidade Satélite. (Foto: Ascom/Sesau)

Roraima teve o quarto caso da febre Chikungunya confirmado em Roraima. A confirma??o ocorreu na ?ltima quinta-feira, 25, pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), do Par?, que ? o laborat?rio refer?ncia na regi?o Norte.
A exemplo dos tr?s primeiros casos, a doen?a foi importada da Venezuela. Todos os casos registrados at? ent?o s?o de pacientes residentes no bairro Cidade Sat?lite.
O caso mais recente foi registrado em uma paciente adulta do sexo feminino, m?e de uma crian?a de dois anos que tamb?m foi diagnosticada com a doen?a.
Os dois pacientes estiveram na Venezuela, e ap?s oito dias do retorno, apresentaram os sintomas e come?aram a ser investigados imediatamente at? que na ?ltima quinta-feira a hip?tese diagn?stica foi confirmada.
O primeiro caso suspeito da doen?a foi notificado no dia 22 de agosto e confirmado posteriormente pelo IEC. Os sintomas foram identificados em uma paciente adulta que havia acabado de retornar do pa?s vizinho.
O segundo caso era sobrinho da primeira paciente, no entanto, os familiares n?o permitiram a coleta de sangue para an?lise, e deste modo, a doen?a foi confirmada por v?nculo epidemiol?gico.
Os dados mais recentes do Minist?rio da Sa?de apontam para 16 casos aut?ctones (contra?dos dentro do pr?prio pa?s) da febre chikungunya no Brasil e outros 37 casos importados, de pessoas que contra?ram a doen?a em viagens a outros pa?ses.
Roraima est? na imin?ncia de um surto para chikungunya e dengue. Isso porque para que ocorra a febre s?o necess?rios tr?s fatores, todos eles presentes no Estado: a exist?ncia do v?rus, o mosquito vetor (Aedes aegypti e Aedes albopictus) e uma pessoa suscet?vel. Estima-se a exist?ncia de mais de 488 mil pessoas nunca tiveram contato com a febre chik.
O fator mais preocupante ? o ?ndice de infesta??o, pois, de acordo com o Levantamento de ?ndice R?pido de Infesta??o por Aedes aegypti (LIRAa), 44 bairros de Boa Vista apresentam alto risco de infesta??o pelo mosquito.
H? bairros que ultrapassam ?ndice de infesta??o de 21% quando o ideal ? menos de 1%.
Entre os munic?pios, oito est?o na faixa considerada de alto risco e os demais na faixa de m?dio risco, sendo apenas um com ?ndice considerado aceit?vel.
Todos estes fatores agregados foram um cen?rio favor?vel a ocorr?ncia de uma epidemia tanto de dengue quanto de chikungunyua, uma vez que as duas doen?as s?o transmitidas pelo mesmo vetor.
NOTA TÉCNICA
Diante do quadro preocupante, a Secretaria de Estado da Sa?de (Sesau) expediu uma nova nota t?cnica com medidas de preven??o e controle de transmiss?o da febre chikungunya, baseadas em a??es que busquem a redu??o da popula??o de vetores.
O documento, entregue a todos os munic?pios, recomenda que as Secretarias Municipais de Sa?de se organizem para desenvolver as a??es imediatas para redu??o da infesta??o.
Um dos gargalos no combate ?s doen?as ? que o n?mero de agentes de endemias nos munic?pios tem sido insuficiente para garantir as a??es de visitas domiciliares pelos munic?pios.
O gerente do N?cleo de Combate ? Dengue e Febre Amarela (NCDFA), Joel Lima, pontuou que os munic?pios dever?o acionar a Sesau, atrav?s de solicita??o formal, quando n?o puderem realizar as a??es de controle vetorial de forma adequada, seja por incapacidade financeira, operacional ou t?cnica.
“A Sesau vai monitorar a execu??o das recomenda??es e, ao constar o n?o cumprimento, poder? passar a executar parcialmente ou integralmente as a??es de compet?ncia municipal, podendo se utilizar de mecanismos legais para financiamento destas a??es”, pontuou.
Paralelamente a isso, a Sesau est? articulando com parceiro, a realiza??o de uma a??o por toda a cidade de Boa Vista, para a retirada mec?nica dos poss?veis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya nos primeiros dias de outubro.
A a??o vai envolver atores da sa?de municipal e estadual e outras institui??es, como Corpo de Bombeiros, Pol?cia Militar e, possivelmente, as For?as Armadas.
Fonte Ascom-Sesau