Cotidiano

Tartarugas em cativeiro são resgatadas no Beiral

De acordo com as equipes de fiscalização, os animais estavam sendo mantidos em cativeiro em uma casa no Caetano Filho há cerca de 30 dias

Duas tartarugas foram resgatadas hoje (17) em uma residência, localizada no bairro Caetano Filho, região conhecida como Beiral. Conforme as equipes de fiscalização da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e da Companhia Independente de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (Cipa), os animais estavam sendo comercializados ao preço de R$ 450 a unidade.

Uma denúncia anônima de moradores do bairro levou os órgãos de fiscalização à casa onde as tartarugas estavam sendo mantidas em cativeiro há cerca de 30 dias. Ninguém estava na casa, no momento da apreensão das tartaturgas.

No entanto, o suposto proprietário dos animais – que está recolhido em uma unidade do sistema prisional cumprindo pena por tráfico de drogas, já foi informado que vai responder pelo crime ambiental.

“Ele será notificado de que vai responder pelo crime ambiental. A multa para este crime é de 5 mil reais por cada animal”, informou o diretor de Monitoramento e Controle Ambiental da Femarh, Mazenaldo Costa.

As tartarugas são da espécie podocnemis expansas – a tartaruga da Amazônia, e estão na fase adulta. Estima-se que elas tenham em média 30 anos de vida. E neste período, estes animais costumam voltar às praias para desova e reprodução, pondo em média de 40 a 120 ovos. A fragilidade do período facilita sua captura pelos predadores.

Atualmente, a Femarh desenvolve o Projeto Quelônios da Amazônia em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atuando no Baixo Rio Branco no sentido de proteger os animais que estão em extinção, combatendo as práticas ilegais.

Conforme Instrução Normativa da Femarh, os quelônios deverão ser devolvidos ao seu habitat natural, mas, devido a desidratação pela quantidade de dias que ficaram sem alimentação, eles foram levados para o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), do Ibama, onde passarão por avaliação veterinária antes de serem devolvidos à natureza.

Fonte: Secom/RR