Cotidiano

Técnicos do Exército são capacitados para tratar água potável nos pelotões

Objetivo é minimizar os problemas enfrentados pelos militares que atuam nos seis Pelotões de Fronteiras do Estado

Os riscos à qualidade da água para consumo humano estão sendo discutidos em um curso de capacitação oferecido a técnicos do Exército em Roraima. O objetivo é minimizar os problemas enfrentados pelos militares que atuam nos seis Pelotões de Fronteiras do Estado. Dezoito técnicos participam do curso, promovido pela Superintendência Estadual de Roraima da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que começou na terça-feira e termina nesta próxima sexta-feira.

Segundo a bióloga da Funasa e instrutora do curso, Luana Mesquita, a iniciativa surgiu após o Exército enviar demanda para a Fundação citando a falta de tratamento da água dentro dos pelotões. “No ano passado, o Exército nos enviou uma demanda que falaram que não existia tratamento de água nos seis pelotões. A partir disso, tivemos a ideia de realizar essa atividade, que está sendo desenvolvida nos municípios”, disse.

Para conhecer um pouco mais da realidade vivida pelos militares nas fronteiras, uma equipe da Funasa visitou todos os seis pelotões e analisou o consumo e a qualidade da água. “Fizemos coleta e análise. Vimos quem iria se responsabilizar pelo sistema de tratamento, caso fosse instalado. Até o momento, já fizemos a instalação do sistema em quatro dos seis pelotões”, destacou.

O curso está sendo ofertado pela segunda vez devido à mudança e troca de militares dentro dos pelotões. “No primeiro, capacitamos 20 militares, e agora estamos capacitando mais 18. Dentre eles, temos capitães e representantes de cada pelotão, além de bioquímicos”, contou a bióloga.

Os técnicos da Funasa identificaram problemas no armazenamento e consumo da água nos pelotões. “Havia caixas d’água de ferro e orientamos a troca, assim como a mudança de tubulação. Orientamos sobre os riscos de contaminação e esse trabalho levou qualidade de vida para dentro desses pelotões”, ressaltou Luana.

Conforme ela, já foi possível perceber resultados positivos de melhora na qualidade da água nas localidades. “Eles conseguiram absorver e estamos conseguindo ver os resultados. Antes do sistema de tratamento, observamos a presença de amostras negativas na água, e após a instalação e adequações não percebemos mais isso”, frisou.

CURSO – A carga do curso de “Minimização de Riscos à Qualidade da Água para Consumo Humano” é de 32 horas. Entre os principais temas abordados estão a contextualização da água para o consumo humano; Ciclo hidrológico; Impacto ambientais; Poluição das águas; Doenças de veiculação hídrica; Critérios de qualidade da água para consumo humano; Normas brasileiras para critérios de qualidade; Sistemas de abastecimento de água; Tipo de capacitação e seus efeitos sobre a qualidade da água; Proteção sanitária de poço; desinfecção com cloro; desinfecção de redes de distribuição e reservatórios; e noções básicas de coleta e preservação de amostras de água. (L.G.C)