Funcionários da prestadora de serviços UCS (União Comércio e Serviços), que presta serviços para o Hospital Ottomar de Sousa Pinto, convivem com constantes atrasos de salários em Rorainópolis, Sul do Estado. Segundo funcionários da empresa, eles não recebem o salário desde o mês passado, quando foram pagos os valores referentes aos meses de dezembro de 2015 e janeiro deste ano. Restando ainda os meses de fevereiro, março e abril.
Segundo eles, várias tentativas foram feitas junto à empresa para que fossem acertados os meses em atraso, porém receberam apenas um comunicado que os salários seriam repassados somente no mês de julho, gerando indignação por parte dos trabalhadores. Além da situação salarial, disseram que a falta de estrutura é visível, pois são 12 funcionários que se revezam nos turnos da manhã e noite, tendo à disposição apenas um pequeno alojamento, com duas camas de solteiro, sem nenhum colchão, tornando a estadia de quem trabalha no período da noite sem qualquer conforto.
Conforme uma funcionária, as condições de trabalho são precárias. “As camas não têm colchão, então colocamos todos os lençóis sujos que vêm para lavanderia sob os estratos das camas para tentar dormir.
Deitamos duas e as vezes até três pessoas em uma cama. As restantes deitam no chão mesmo, pois não há onde descansar. É uma completa falta de respeito conosco”, desabafou.
Segundo outro funcionário, os trabalhadores que exercem suas funções no turno da noite não recebem o adicional noturno e nem um tipo de benefício que os estimule no trabalho e, quando saem de férias, não recebem os valores a que têm direito por esse período.
GOVERNO – Em nota, o Governo de Roraima informou que as obrigações trabalhistas são de responsabilidade das empresas terceirizadas, cujo contrato prevê que o pagamento dos funcionários seja garantido ainda que a prestadora de serviço deixe de receber por 90 dias consecutivos os repasses da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), o que não é o caso.
Afirmou que a Sesau acompanha o cumprimento desta cláusula, bem como a execução dos serviços, e irá tomar as providências cabíveis para garantir que o serviço prestado não sofra prejuízo. “Quanto aos repasses, informamos que as notas faturadas estão seguindo o trâmite normal dentro da secretaria para pagamento nos próximos dias”.