Cotidiano

Termelétricas serão instaladas até dezembro, prevê Eletrobras

As usinas serão implantadas no Monte Cristo, Distrito Industrial e Novo Paraíso, no Sul de Roraima

As usinas termelétricas de Monte Cristo e Distrito Industrial, em Boa Vista, e Novo Paraíso, no município de Caracaraí, serão instaladas até dezembro deste ano. As unidades darão suporte ao Linhão de Guri, oriundo da Venezuela, evitando as quedas e oscilações de energia, que causam transtornos à população. O empreendimento faz parte de uma medida emergencial adotada pelo Ministério de Minas e Energia para suprir a demanda do Estado até a interligação ao sistema nacional de distribuição de energia, através do linhão de Tucuruí, no estado do Pará, no primeiro semestre de 2016. A afirmativa é do gerente do Departamento de Operação, Manutenção e Geração da Eletrobras Distribuição Roraima, Jocely Ferreira.
Em 12 de junho, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e a Eletrobras Distribuição Roraima firmaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para tentar minimizar o problema de racionamento de energia no Estado, pois o Departamento de Operação, Manutenção e Geração da Eletrobras relatou ao MPRR um aumento nos pedidos de desligamento do Linhão de Guri por parte do governo venezuelano, gerando risco de racionamento para Roraima.
Após o TAC firmado, a Femarh solicitou da Eletrobras um estudo ambiental das áreas onde serão construídas as termelétricas. Após análise dos resultados, serão emitidas as licenças ambientais, autorizando a instalação das usinas. Conforme Ferreira, o estudo já foi concluído e a documentação enviada à Femarh. “Reunimo-nos hoje [ontem] com a Femarh e com o MPRR para a entrega do estudo. Agora, as licenças deverão ser emitidas em um prazo de 30 a 45 dias. Com elas em mãos, as empresas contratadas através de licitação iniciarão as obras de imediato, e, até dezembro, as termelétricas já estarão instaladas”, disse.   Ferreira ressaltou que o Linhão de Guri fornece 95 megawatts de energia ao Estado, mas que o atual consumo é de 150 MW. Para suprir a falta, a Eletrobras Distribuição Roraima produz os 55 megawatts restantes. “Hoje está sendo produzida a quantidade exata de consumo, não temos reserva. Isso torna o sistema fraco, pois qualquer acidente causará uma oscilação de tensão, deixando a população sem energia”, destacou.
Conforme dados da Eletrobras Distribuição Roraima, a termelétrica de Monte Cristo terá capacidade de 97 megawatts; a do Distrito Industrial, 20 mw e a de Novo Paraíso, no município de Caracaraí, 12 mw. “A princípio, as novas usinas darão suporte ao Linhão de Guri, oriundo da Venezuela. Teremos reserva de energia, caso ocorra um incidente com o Linhão”, disse Ferreira.
De acordo com Ferreira, a instalação das novas usinas só foi possível após a Eletrobras Distribuição Roraima ter pressionado o Ministério de Minas e Energia, que autorizou a contratação de geração emergencial em quantidade suficiente para atender a demanda do Estado até a interligação ao sistema nacional de distribuição de energia através do Linhão de Tucuruí, no estado do Pará. “O linhão de Tucuruí já chegou a Manaus, no estado do Amazonas. Até o primeiro semestre de 2016, Roraima estará incluída no mesmo sistema, acabando com as quedas e oscilações de energia que causam transtornos à população”, disse.