Uma criança de seis anos não conseguiu atendimento básico no posto de saúde Olenka Macellaro, no bairro Caimbé, após sofrer um corte na cabeça causado por um pedaço de ferro do portão da casa da menina. De acordo com a família, o acidente ocorreu por volta do meio-dia de ontem, 16, e ao chegar até a unidade de saúde, funcionários informaram que não poderiam prestar assistência e indicaram que procurassem o Hospital da Criança.
De acordo como tio da menina, que preferiu não ser identificado, a família decidiu levar a criança até o posto por ser a unidade de saúde mais próxima da residência. Sem transporte, o tio carregou a menina em uma bicicleta e solicitou que fizessem ao menos qualquer tipo de curativo para que o sangramento fosse estancado.
“A mulher falou que lá não iam atender porque não era lugar de criança e que não podiam fazer nada. Ainda falaram que era melhor irmos para a nossa casa e que a gente deveria ligar para o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]”, ressaltou o tio. Ele completou dizendo que havia uma ambulância no posto de saúde, mas que a sugestão de levar a criança no automóvel não foi atendida.
Os funcionários teriam dito ainda que não poderiam fazer atendimento de emergência e voltaram a afirmar que a menina só seria atendida no hospital específico. A mãe da criança, a dona de casa Adara Brasil, disse que o parente voltou para a residência e acionou um carro por meio do aplicativo Uber e assim levaram a criança para o hospital. “Ela precisou passar por raios-X e levou seis pontos. Não fizeram nada por ela no posto de saúde”, criticou.
PREFEITURA – A equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista para que explicasse os motivos por que os funcionários se recusaram a fazer o atendimento na criança e também não disponibilizaram a ambulância para transportar a menina, porém, não obteve retorno até o fechamento desta edição. (A.P.L)