Tragédia causa proliferação de Fake News

Um dos maiores males que a hiperconectividade dos nossos tempos trouxe é, sem dúvida, a “Fake News”. Através dela reputações são destruídas, pessoas são manipuladas, privadas e desviadas do acesso à informação de qualidade e fidedigna.

Nada aumenta mais a capacidade da desinformação prosperar do que uma tragédia como a que houve ontem em Roraima. Nessas ocasiões, os profissionais que trabalham com seriedade e responsabilidade na produção de informação estão trabalhando, geralmente em colaboração com autoridades, para passar da melhor forma possível os fatos e, dessa forma, orientar as pessoas e aplacar a aflição da sociedade.

No entanto, a tão necessária apuração e checagem da veracidade da informação é um tanto quanto demorada e trabalhosa, fazendo com que produzir isso profissionalmente nunca alcance a velocidade da criação do fato sem base de realidade.

Ontem, a proliferação de Fake News mostrou seu lado mais nefasto e fez com que as pessoas que estavam preocupadas com as vítimas e feridos vivenciassem uma verdadeira montanha russa de emoções.

Informações falsas como a “confirmação” do número de mortos, de que tal pessoa teria morrido, de que tal pessoa teria sobrevivido, foram espalhadas nas redes sociais e grupos de forma desregrada e contribuiu, e muito, para o aumento do sofrimento de inúmeros familiares e amigos das vítimas.

Nas redes sociais, em determinado momento as informações do desabamento do prédio em Fortaleza – CE, que ocorreu também na manhã de ontem, se confundiram com as informações da tragédia de Roraima.

Em um áudio que circulou amplamente nos grupos de mensagens um suposto policial relata como se estivesse na cena da explosão:

“Bom dia, eu trabalho na Polícia e constatamos que houve 16 mortes”

Uma característica bem marcante das chamadas “Fake News” é citar fontes como jornais, canais de tv, rádio e, especialmente, sites de notícias com o objetivo de dar credibilidade à informação.

É muito importante que saibamos como verificar se uma notícia é falsa. Fique atento a:

Muitos sites de notícias manipuladas imitam veículos da imprensa autênticas, seja no nome, no visual ou fazendo pequenas mudanças no endereço online. Fique atento!

Para apelar à emoção do leitor, sites de fake news utilizam muitas palavras escritas em letra maiúscula ou pontos de exclamação. A ideia é reforçar um imediatismo e uma importância que aquela matéria, de fato, não tem.

Muitos sites de notícias contêm layouts estranhos, com aspecto amador e erros ortográficos.

É comum colocarem datas sem sentido ou relação correta com a realidade, para aumentar o tempo útil de circulação do post.

Na dúvida, faça uma “busca por imagem” com a foto usada na página. Se ela pertencer a outra notícia, em outro contexto, desconfie.

Fonte: Facebook, via Superinteressante