Insatisfeitos com a transferência de dois presos diagnosticados com covid-19 para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), familiares protestaram na manhã desta quinta-feira, 16, em frente ao Fórum Criminal Evandro Lins, no bairro Caranã, para cobrar que a decisão seja revista pelas autoridades.
Os manifestantes relataram que a transferência coloca os outros detentos em situação de risco e facilita a contaminação em massa dentro da unidade.
“Como é possível levar pessoas contaminadas para o convívio de outras duas mil pessoas. Isso é um crime, se os presos forem infectados eles irão morrer, e o Estado e a Justiça terão que responder por isso”, pontuou a esposa de um preso, que preferiu não se identificar.
Outra mulher pediu para que a decisão da juíza Joana Sarmento seja revista.
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“Estamos aqui para pedir que a juíza reveja essa decisão sobre a transferência de dois detentos diagnosticados com covid-19. Entraremos com um processo caso venha ocorrer contaminação em massa no sistema prisional. Como todos já sabem, os presos já estão com outras doenças e levar mais uma lá pra dentro é desumano”, frisou.
TJRR – Em nota, o Tribunal de Justiça informou que a decisão em questão é sujeita a recurso e pode ser modificada pelo Tribunal.
GOVERNO – A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou, por meio de nota, que os detentos que testaram positivo para covid-19 foram transferidos da Cadeia Pública Masculina, onde cumpriam o período de quarentena em isolamento, para a Pamc, em cumprimento a uma determinação da Justiça. Ainda de acordo com a nota, na Pamc, eles continuam em isolamento até que não representem mais risco de transmissão da doença.
A nota diz ainda que o acompanhamento por parte de técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) continua até que eles sejam diagnosticados como curados. Além disso, a Sejuc informou que tem fornecido máscaras descartáveis para estes detentos e álcool em gel e óculos de proteção para os agentes que tem contato direto com eles.
