Cotidiano

Treze comunidades indígenas aderem a projeto de Potencial Turístico

Um projeto para aproveitar a potencialidade turística das comunidades indígenas no interior do Estado está sendo elaborado pelo Departamento de Turismo (Detur) da Seplan (Secretaria Estadual de Planejamento de Desenvolvimento), dentro de um plano de desenvolvimento de turismo regional no Estado com dez áreas temáticas estratégicas e que será lançado até setembro, segundo informou o diretor do Detur, Bruno Muniz de Brito.

“Já iniciamos os trabalhos de elaboração desse projeto de aproveitar o potencial de turismo junto com algumas comunidades indígenas, Funai e Ministério Público Federal e já temos 13 comunidades hoje que aderiram ao projeto”, afirmou o diretor do Detur. 

Entre as comunidades confirmadas estão a Raposa 1 (na Raposa Serra do Sol), Perdiz (na Pedra Pintada), Água Fria Caju, Pedra Preta e comunidades no Município do Uiramutã. 

“Algumas comunidades ainda mostram resistência, como a do Lago Caracaranã, que ainda não aderiu, mas respeitamos o tempo de cada um e estamos em conversação”, disse. “Mas temos outros planos para projetos de turismo regional que prevê divulgar nosso potencial e um plano de captação de novos investidores para nosso turismo. Que sejam hotéis, pousadas, restaurantes e toda a estrutura que precisa ser reativada”, disse. “Além da elaboração de um plano de comunicação institucional para vender o destino Roraima para o Brasil e o mundo”, complementou. 

Ele citou alguns produtos turísticos que o Estado já comercializa, mas que não apresentam estudos estatísticos como por exemplo quantas pessoas visitam por ano o Monte Roraima, fazem a pesca esportiva no Baixo Rio Branco – disponível apenas dos meses de setembro a janeiro –, que  visitam a região do Tepequém, subida da Serra Grande, festivais folclóricos da Cobra Mariana em Caracaraí, São João de Boa Vista e do Estado e Paixão de Cristo em Mucajaí.

“Isso mostra que temos potencial turístico no Estado, mas não temos produto de fato. Ainda temos dificuldade de enxergar estes produtos e vender no mercado nacional e internacional”, disse. “E só com os números de turistas em cada um deles, podemos saber o impacto econômico de cada evento deste e direcionar os investimentos de acordo com as demandas”, disse. 

Bruno afirmou que a falta de um setor estatístico no Detur dificulta saber o fluxo de turistas no Estado e que isso é outra dificuldade para se elaborar um plano de turismo. “Não sabemos quantas pessoas vêm para Roraima para fazer turismo, quantas entraram pelo aeroporto ou vieram por via terrestre, porque não temos um setor estatístico, mas que já estamos implantando para termos ideia das visitas turísticas no Estado e traçar um plano de melhor atendimento e de venda dos nossos pontos turísticos”, disse. As dificuldades de chegar aos pontos turísticos, que seja pelas condições das estradas ou pela falta de sinalização, também foram citadas. “As pessoas têm relatado as dificuldades de trafegar nas estradas que levam aos pontos turísticos e não existiam projetos para melhorar isso”, disse. 

Para tentar resolver estas questões e outras relacionadas ao turismo no Estado, o Detur está criando três novas divisões: De fiscalização, de inteligência turística e turismo regional.  “Estas divisões vão trabalhar especificamente com os produtos turísticos e com estudos para identificar estas potencialidades”, disse. (R.R)