O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) acatou o pedido de aposentadoria voluntária do juiz federal Helder Girão Barreto. O magistrado, que tem 58 anos, começa a usufruir da aposentadoria a partir do dia 1º de fevereiro. A aposentadoria vem após quase 29 anos de magistratura, sendo 23 como juiz federal.
Natural do Ceará, Girão começou a carreira de magistratura como juiz estadual, quando em 1998 passou a atuar na esfera federal. Perguntado pela FolhaBV sobre como ele avalia o período de magistratura e agora o pedido de aposentadoria, o magistrado respondeu com uma citação de Paulo de Tarso.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”.
Quanto aos rumores que a aposentadoria seria para se filiar a algum partido para uma possível candidatura ao Senado, o juiz não confirmou.
Considerado um magistrado polêmico, Hélder Girão Barreto tem um histórico marcado por decisões consideradas polêmicas como a relacionada à terra indígena Raposa Serra do Sol, contrária a homologação contínua da reserva, a condenação do ex-governador Neudo Campos no caso do “Esquema Gafanhotos”, e mais recentemente, o bloqueio à entrada de venezuelanos no Brasil pela fronteira de Roraima.