Cotidiano

Tribunal de Justiça completa 29 anos de criação neste sábado

Com quase três décadas de criação, TJRR usa tecnologia para enfrentar crise de pandemia

Este sábado, dia 25 de abril, é marcado pelos 29 anos de criação do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima). Em meio à pandemia de Coronavírus (Covid-19), a gestão do Poder Judiciário de Roraima teve que cancelar toda a programação comemorativa devido à necessidade de seguir as recomendações de isolamento social e de evitar aglomerações, visando à saúde de todos.

Mas mesmo com as mudanças de planos e a necessidade de adaptações, levando em conta o momento de crise, o clima entre magistrados e servidores é de engajamento para assegurar a manutenção dos serviços, por meio do teletrabalho, com o suporte tecnológico que o Tribunal oferece, por meio de sistemas de videoconferência, SEI (Sistema Eletrônico de Informações), Projudi (Processo Eletrônico do Judiciário), entre outros.

Com isso, números expressivos mostram que o trabalho de todos nessa nova forma de atuação tem gerado os resultados esperados: em um mês de teletrabalho, foram 127.257 atos cumpridos por servidores; 7.923 despachos, 7.592 decisões e 4.583 sentenças.

Para o presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti, esses resultados somente foram possíveis com a forte determinação de investir em tecnologia, o que possibilitou que o Judiciário produza mais com menos gastos.

Mas nem sempre foi assim. A desembargadora Tânia Vasconcelos, que é da primeira turma de magistrados da Justiça Estadual, tendo ingressado no ano de criação do tribunal, e a primeira presidente mulher do Poder Judiciário de Roraima, lembra que diversas ações foram importantes para buscar o amadurecimento do TJRR, como a criação da Justiça Itinerante, que era o que ajudava a Justiça a ficar mais próxima dos cidadãos e cidadãs.

Mas destaca que os investimentos em tecnologia sempre foram necessários, sobretudo nos tempos atuais. “Desde sua instalação, o Judiciário Roraimense caminha a passos largos na direção da modernidade e aperfeiçoamento da prestação jurisdicional. E a cada ano podemos colher e nos orgulhar dos resultados que nos colocam, inclusive, como referencial para o Judiciário Brasileiro”, observou.

A servidora Vânia Celeste, que ingressou no tribunal há 22 anos, recorda que no início da atuação da Justiça Estadual em Roraima o trabalho era completamente manual. Toda a movimentação dos processos era feita exclusivamente por servidores.

Para isso, segundo ela, centenas de fichas eram usadas para fazer anotação de entrada e saída de forma manuscrita, o que gerava vários transtornos, pois às vezes sumiam ou podiam ser danificadas.

“Além das fichas, as atas de audiências eram feitas em máquinas de datilografar. Usávamos papel carbono para fazer a segunda via; Não podia errar. Mas não tinha como isso não acontecer. Era uma trabalheira danada. Demandava muito tempo organizar tudo e muitas vezes tínhamos que fazer isso aos fins de semana. Vivíamos muito cansados, com dor nas costas, rinites, alergias. Foi sofrido. Mas na época era normal. Lembrar hoje é divertido”, comentou.

Para ela, as melhorias depois de quase três décadas de atuação são diversas, mas ressalta três pontos: celeridade, transparência e economia. “Hoje temos a internet e suas possibilidades, que parecem não se esgotar nunca. Para citar um dos avanços que possibilitaram essa melhoria, destaco o Projudi, o principal de nossos sistemas. Permite que você faça as movimentações com alguns cliques. Antes, carregávamos pilhas de processos para todo lado. E o que antes passávamos um dia inteiro para fazer pode ser feito em poucas horas. É bem rápido. E é simples. A consulta é facilitada e acessível a todos”, observou.

Em vídeos que estão circulando nas redes sociais, depoimentos de juízes e servidores mostram alguns dos principais serviços que têm aproximado a Justiça Roraimense da população, como a Justiça Itinerante, a Vara de Violência Doméstica, os Juizados Especiais e os diversos meios de conciliação, todos eles sendo auxiliados pela tecnologia.

O presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti, lembra que neste ano o Poder Judiciário de Roraima chegou à era da inteligência artificial e deu início a uma verdadeira revolução na capacidade de atendimento à população.

“Lembro de uma das primeiras entrevistas após a posse, em fevereiro do ano passado, quando foi feita a pergunta sobre como aumentar a produtividade com o congelamento do orçamento. A resposta foi: com criatividade e com investimento em tecnologia e inteligência artificial, buscando produzir mais, apesar de ter menos recursos. É um caminho sem volta. Com muita felicidade, estamos lançando os primeiros sistemas de inteligência artificial quando completamos 29 anos. Temos praticamente 100% dos nossos processos tramitando em meio eletrônico e temos um sistema de videoconferência, o Scriba, que é referência em todo o País – circunstâncias que se mostraram decisivas para continuarmos nossas atividades durante esta pandemia”, comemorou.

Confira alguns dos principais serviços oferecidos pelo TJRR:

. Juizados especiais: para causas cíveis de até 20 salários mínimos: (95) 984058325 e 98406-4610;

. Vara de Violência Doméstica: (95) 98401-6845 e 98401-6845;

. Justiça Itinerante: (95) 98404-3086;

. Justiça no Trânsito: (95) 8404.3086;

. Justiça Comunitária: (95) 3198-4100/ [email protected];

. Projeto Cives (Centro de Cidadania para Imigrantes e Indígenas): 98407-4504;

. Polo de Conciliação Indígena: (95) 984055681;

. Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania): [email protected];

. Concórdia Virtual: (95) 984055681;

. Câmara de Conciliação pré-processual em ações de saúde: (95) 984055681;

. Ouvidoria: https://juris.tjrr.jus.br/juris/ouvidoria/public/nova-manifestacao; (95) 984026784;

. Patrulha Maria da Penha: 984012166.