A Serra do Tepequém, localizada no Município de Amajari, a quase 210 quilômetros da capital, é um dos principais cartões postais de Roraima. Pessoas de outras regiões costumam vir até o Estado para comprovar o cenário paradisíaco que o local oferece, mas as condições precárias da estrada que leva até o pico da serra viraram um problema para a pequena cidade que vive de turismo e artesanato.
A RR-203, principal acesso à Vila do Paiva e a outros povoados de Amajari, se encontra bastante esburacada e com trechos em que nem existe mais asfalto.
As promessas de recuperação do trecho, que equivale metade da viagem até a serra, são antigas, mas segundo Fábio Rodrigues, que costuma ir ao Tepequém pelo menos uma vez por mês, obras foram abandonadas muito antes de serem concluídas.
“Houve trabalhadores em alguns pontos da RR-203 fazendo serviço de preparação de terra para receber o asfalto, mas até hoje não foi concluído, o que nos indica abandono de obra,” ressaltou Rodrigues.
A situação se agrava no último trecho da estrada que leva a Tepequém. Faltando apenas sete quilômetros para o destino, o motorista precisa dirigir na contramão sem visibilidade nas curvas, manobra perigosa que põe em risco vidas de quem sobe ou desce a serra, o que pode facilmente piorar quando o período chuvoso chegar.
Outra preocupação relatada por Fábio Rodrigues são as consequências no turismo da região, já que, sem estrada adequada, o turista pensa duas vezes antes de se arriscar em viagens.
“Já tive prejuízos com o meu automóvel, principalmente na suspensão. Carro nenhum ‘aguenta’ estrada em condições tão precárias. Alguns hotéis já até fecharam devido ao pouco movimento em Tepequém. Não bastassem as queimadas e o período seco das cachoeiras, agora o problema no asfalto para somar motivos para não irmos até lá,” lamentou o turista. (P.G.)