A indicação do reitor pro tempore, Regys Odlare Lima de Freitas, para a Universidade Estadual de Roraima (Uerr), feita esta semana pela governadora Suely Campos (PP), foi aprovada pelos representantes do Sindicato dos Docentes da Uerr. Porém, eles deixaram claro que vão continuar lutando para a realização de eleições diretas para escolher o reitor da instituição.
“Acatamos a indicação, até porque a Uerr não pode ficar sem reitor, mas vamos continuar com a pauta de lutar pela eleição para reitor, pois conquistamos esse direito depois de uma greve realizada no ano passado e que já deveria ter sido realizada em 2014. Com a posse no início deste ano, houve uma protelação por parte da reitoria anterior que, ao realizar a eleição com edital viciado, culminou com um mandado de segurança impedindo as eleições”, afirmou o presidente do sindicato, professor Osvair Mussato.
Ao ressaltar que a reitoria anterior não realizou o processo eleitoral, ele disse que a entidade espera que, com a chegada do novo reitor, o processo eleitoral seja reiniciado e que o pleito ocorra em até seis meses. “A reitoria anterior teve 17 meses para fazer essa eleição e a não fez. Mas entendemos que, por ser um servidor da casa – e, a princípio, é uma coisa boa -, o novo reitor se interesse em concluir esse processo eleitoral, já que nossa luta é para ter a eleição e não vamos abrir mão disso”, frisou.
Mussato afirmou que o ocasionou o pedido de mandado de segurança foram as regras para os eleitores, lançadas erroneamente no edital. “Da forma como foi colocado no edital, favorecia uma chapa formada pela reitoria e que dava o direito a servidores comissionados a votar”, disse.
Pelo regimento interno, podem votar todos os servidores efetivos e acadêmicos, porém, com pesos diferentes nos votos, sendo peso de 50% para os professores, 30% para os técnicos e 20% para os alunos. “No edital, qualquer pessoa que fosse indicada como cargo comissionado, indicada por qualquer político, teria direito a voto, e isso foi contestado por uma chapa concorrente que entrou com ação na Justiça”, explicou.
Ele afirmou que a Comissão Eleitoral, constituída à época, ainda está prevalecendo e que aguarda uma reunião que deve acontecer na próxima semana para definir os rumos da eleição. “Nessa reunião será definido o novo calendário. Estamos na expectativa de que esse calendário seja cumprindo e as eleições realizadas em no máximo seis meses, até porque o novo reitor tem o apoio da comunidade no sentido de encaminhar o processo eleitoral”, frisou.
O sindicalista afirmou que já houve um primeiro contato, não oficial, com o novo reitor, mas que vai aguardar a oportunidade de um encontro com a direção do sindicato. “Até porque o reitor tomou posse esta semana e acredito que ainda não teve tempo de analisar essa situação. Mas vamos aguardar o momento para conversar com ele”, disse.
CRITÉRIOS – Osvair Mussato explicou que, pelo Regimento interno aprovado, para se candidatar ao cargo de reitor da Uerr, é preciso ser servidor efetivo estável da UERR e ter doutorado. Para o cargo de vice-reitor é preciso ser servidor efetivo estável e ter mestrado.
GOVERNO – A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado informou que o reitor da Uerr, Regys Odlare Lima de Freitas, já recebeu um representante do Sindicato dos Docentes e abriu um canal de diálogo com a entidade representativa da categoria.
Informou ainda que a nova gestão da Uerr ainda está em período de reconhecimento das ações encaminhadas pela gestão passada e levantando todas as ações que necessitam de andamento imediato, dentre elas, a possibilidade do processo eleitoral. “Tão logo exista uma definição a respeito do assunto, a direção irá se pronunciar”, frisou. (R.R)
Cotidiano
Uerr tem reitor pro tempore nomeado
Como a Justiça cancelou a eleição para reitor da Uerr, governadora nomeou um reitor temporário para comandar a instituição