Nesta quinta-feira, 30 de maio, estudantes, professores, técnico-administrativos, trabalhadores da Educação e de outras categorias preparam um novo dia de manifestações em Roraima. O objetivo é voltar às ruas para se posicionar contrários aos ataques do atual governo à Educação, contra a Reforma da Previdência e em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade.
A preparação do evento conta com a participação de mais de 30 organizações ligadas à Educação no País, entre outras, além do apoio de todas as centrais sindicais, sindicatos de outras categorias e organizações do movimento popular.
Em Roraima, durante a paralisação, acontecerá uma programação dentro da Universidade Federal de Roraima (UFRR) como rodas de conversa, oficina de cartazes e camisetas, refeições coletivas. No período da tarde a manifestação vai em direção à Praça do Centro Cívico, onde será realizado o ato unificado com um aulão, falas das organizações e atos culturais.
Além da defesa da Educação, todas as inciativas visam à construção da Greve Geral que será realizada no dia 14 de junho.
Sindicato do IFRR acompanhará programação
O presidente da Seção Sindical do IFRR (Sinasefe), Arnou Pereira de Sá, afirmou que o sindicato irá para as ruas nesta quinta-feira, 30, acompanhar a programação definida pela Frente Sindical. “Estamos juntos nessa luta, que não é só das instituições federais de ensino, mas de toda a sociedade”.
Ele afirmou que neste final de semana o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) realizará uma plenária em Brasília, que dará o direcionamento para as bases, sobre a possibilidade da greve do dia 14 de junho. “A partir daí retornaremos às assembleias para fazer mobilização nas unidades do IFRR. Primeiro será no Campus Boa Vista Centro e no Campus Boa Vista Oeste, e seguiremos para o Campus Novo Paraiso, Campus Amajari e Campus Avançado do Bonfim, além da reitoria do IFRR”, ressaltou.
Confira a programação da greve
Manhã – UFRR (A partir das 7h)
– Café da manhã na UFRR
– Roda de Conversa ‘Direitos Humanos e Educação’
– Oficina de cartazes e camisetas
– Almoço coletivo
Tarde – Praça do Centro Cívico (A partir das 14h)
– Concentração – Portão Avenida Venezuela
– Abraço coletivo no símbolo da UFRR
– Caminhada ao Centro Cívico
– Lanche Coletivo
– Aulão ‘República e Democracia na História do Brasil’
– Fala das organizações
– Atos culturais
Portões da UFRR não serão fechados
O presidente da Sesduf, Paulo Afonso da Silva Oliveira, disse que os portões não ficarão fechados (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)
O Comando Geral de Greve da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que antes era favorável ao fechamento dos portões da instituição de ensino, decidiu pela abertura das entradas de acesso à universidade durante a manifestação desta quinta-feira, 30. Essa decisão foi tomada em uma assembleia ocorrida na quarta-feira, quando o Comando venceu por maioria de votos a proposta apresentada pela Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Roraima (Sesduf).
Segundo o presidente da Sesduf, Paulo Afonso da Silva Oliveira, estava tudo certo para que os portões permanecessem fechados durante todo o dia de hoje, por conta do contingenciamento de recursos das instituições federais de ensino, assim como ocorreu no dia 15 deste mês. Mas o imbróglio dessa questão envolvendo as entidades de classe começou quando a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas da UFRR solicitou da Sesduf que os portões fossem liberados para professores, técnicos e candidatos envolvidos no concurso público da universidade, que acontece nesta quinta-feira, na própria instituição.
“Em uma reunião com a participação do reitor da UFRR, Jefferson Fernandes do Nascimento, representante da Sesduf e do Comando Geral de Greve, foi tratado sobre como ficaria a questão dos portões, se abertos ou fechados, em razão do certame. Nessa ocasião, apresentei a proposta de que o único portão que deveria ficar aberto seria o da rua Madri, até as 8h, mesmo horário determinado no edital do concurso, enquanto os candidatos entrassem para fazer as provas”, disse Oliveira.
Em assembleia com o Comando Geral de Greve, o presidente da Sesduf disse que manteve a proposta apresentada ao reitor e, durante votação, por maioria dos votos ficou definido que os portões ficarão abertos. “Isso causa um impacto pelo fato de que as categorias deliberaram pelo movimento de greve, que se sustenta, por definição, no fechamento dos portões”, ressaltou Oliveira.
O professor Edson Oyama, membro do Comando Geral de Greve, explicou que existem questões envolvidas em relação ao fechamento dos portões, que poderiam prejudicar tanto as pessoas que vão fazer o concurso quanto o movimento em si. “Existe até certo risco em relação à integridade física em manter os portões fechados, o que traria muito mais prejuízos do que benefícios. E manter portões abertos pode ser trabalhado para que se tenham benefícios para o movimento, o que, no momento, é difícil avaliar o que foi bom ou ruim, só depois é que saberemos o resultado disso”, comentou.