Cotidiano

Uso de radares móveis é reduzido e favorece excesso de velocidade

Secretaria Municipal de Trânsito diz que radares móveis estavam apresentando problema no processamento de dados

As pessoas que moram ao longo do trecho leste da Avenida Ville Roy, que vai do Centro ao bairro Caçari, reclamam da falta de uso dos radares móveis, utilizados pela Secretaria Municipal de Trânsito (Smtran) para fiscalizar o limite de velocidade permitido e que poderiam coibir a prática de “rachas” e excesso de velocidade por parte principalmente de motos de alta velocidade.

O chefe da Fiscalização, Nelson Loureiro, confirmou que, no momento, houve uma redução no uso dos equipamentos eletrônicos. “Nós estamos com uma certa divergência no processamento e utilização de radares, então, diminuímos a intensidade na utilização de radares nas vias”, revelou. “A gente estava utilizando eles bastante, mas houve uma complicação no processamento de dados deles. Tivemos que mandar os equipamentos para avaliação, então, durante essa época, eles não estão sendo utilizados tanto”.

Por conta disso, o agente reforçou a importância da população ao denunciar as irregularidades no trânsito e outros problemas semelhantes. “Quando cidadão conseguir verificar a infração, ele pode utilizar o número 156 ou o número 153 que aciona direto o Ciops. A central funciona 24 horas e é integrada entre a Guarda Civil Municipal, agentes de trânsito, Polícia Civil e Polícia Militar. Lembrando que tudo pode ser direcionado para a gente, barulho demais, ‘rachas’ entre veículos, entre outros. Tudo pode ser direcionado à Central, que o moderador vai direcionar a denúncia para o órgão competente para realizar a fiscalização”, concluiu. (P.C.)

Moradores reclamam de ‘rachas’ entre motos de altas cilindradas e barulho

A população que mora ao longo da Avenida Ville Roy e proximidades, no trecho leste, que vai do Centro ao bairro Caçari, tem reclamado que o local se transforma em pista para arrancadas e “rachas” de motos de alta cilindradas nos fins de semana e feriados prolongados, principalmente durante a madrugada, quando a circulação de pessoas é menor.

Os moradores também alegam que se sentem inseguros com a possibilidade de acidentes para ciclistas e para quem usa o local para a prática de atividades físicas, como corridas e caminhadas, além da falta de fiscalização e rondas constantes dos órgãos de trânsito. Uma das reclamações principais é que a população faz as denúncias de irregularidades, mas não recebe o retorno devido.

Uma moradora do bairro Caçari confirmou a informação e disse que prefere fazer as suas caminhadas em um horário mais cedo, motivada pela segurança e também por causa do transtorno dos barulhos causados pelas motocicletas. “Se a gente vem caminhar por aqui, no calçadão, incomoda muito o barulho. Às vezes a gente leva uns sustos”, afirmou.

Segundo frentistas de um posto de gasolina próximo à Avenida Ville Roy, além dos rachas, há a prática de outras atividades irregulares, como a condução de veículos por menores de idade e carros com caixas de som com volume acima do permitido, causando poluição sonora e incômodo para as residências vizinhas à avenida.

A Folha entrou em contato com o agente Nelson Loureiro, chefe da Fiscalização da Secretaria Municipal de Trânsito (Smtran), que informou que não tem dados de problemas relacionados a “rachas” nos últimos dias.

“Não recebemos denúncia em relação à racha de veículos e de barulho no local”, afirmou. No entanto, afirmou que quando o problema acontece as equipes estão preparadas para atuar, mediante solicitação do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).

“Nós temos uma fiscalização fixa, com agentes de trânsito que trabalham numa escala de plantão. Eles rondam as principais vias da cidade, principalmente no fim de semana. Esse tipo de situação, quando acontece, é geralmente na madrugada, então a fiscalização acaba sendo acionada somente por meio de denúncia”, informou Loureiro. “Geralmente, quando nós recebemos a ocorrência no Ciops, por meio da Central 156, designamos uma guarnição para o local, dependendo da espécie da denúncia. Quando é “racha”, a gente aciona até a Polícia Militar e mandamos uma guarnição para prestar apoio”, afirmou.