Moradores que utilizam o transporte público na Avenida Princesa Isabel estão sendo prejudicados por uma parada de ônibus que foi esquecida pela Prefeitura de Boa Vista. Usuários questionam sobre a falta de estrutura, o que tem gerado transtorno para muitas pessoas, principalmente em dias de sol intenso, e a preocupação aumenta com a proximidade do período chuvoso.
A estudante Luciana Celly Alves mora no Caimbé e disse que todo dia vai para esse ponto de ônibus, já que estuda no horário da tarde no Centro da cidade.
“Se você observar, não tem onde ficar aqui, tem que se expor a esse sol escaldante do meio-dia. Faz tempo que esse ponto de ônibus está assim, só o ‘esqueleto’. Muitos estudantes têm reclamado da falta de estrutura que deveria ter. Agora, pegamos muito sol e logo estarão chegando as chuvas”, ressaltou a jovem.
“O ponto fica em frente a um terreno baldio. O sol quente incomoda muito. Eu não entendo porque a prefeitura deixou esse ponto de ônibus nessas condições. Pelo preço que a população que depende de transporte coletivo paga, isso não deveria acontecer. Eu ainda sou jovem, mas quando penso nas pessoas em condições delicadas, como idosos e os deficientes físicos, por exemplo, acho que o desrespeito é ainda mais grave”, destacou estudante.
Ela reconhece a situação precária do ponto de ônibus, mas comentou que não sabe qual dos outros abrigos na Avenida Princesa Isabel é melhor. Segundo a estudante, nenhum ponto de ônibus é climatizado, mas recebeu aquela estrutura em vidro.
“Agora, eu pergunto, quem aguenta ficar debaixo daquilo num calor desses, que chega a 35 graus com sensação térmica de 40?”, questionou Luciana.
Mesmo com estrutura em vidro, mas devido às altas temperaturas, usuários preferem aguardar o ônibus do lado de fora. A equipe de reportagem encontrou a desempregada Damiana Alves dos Santos, que estava aguardando ônibus para o bairro Cruviana, onde mora.
“Com esse calor, esse sol quente, não tem a mínima condição de ficar aqui debaixo. O jeito é ficar do lado de fora, na sombra que o ponto de ônibus faz, pelo menos corre um vento, mesmo quente, mas ainda ventila”, disse Damiana.
A Folha entrou em contato com a prefeitura, mas não houve resposta.