Cotidiano

UTI aérea transportou 3 pacientes no primeiro trimestre

Aeronave é destinada aos pacientes de TFD que não têm condições de embarcar em uma voo normal, sem equipamentos necessários

No primeiro trimestre deste ano, a aeronave equipada com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Governo do Estado realizou o transporte de três pacientes em estado grave, que precisavam de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e não podiam viajar em avião de carreira. Cada viagem da UTI aérea custa aproximadamente R$ 150 mil aos cofres públicos.

Entre os pacientes, estão duas crianças menores de 12 anos de idade, cuja responsabilidade pela remoção e pelo TFD é da rede municipal de saúde.

“Mesmo não sendo obrigação do Estado, a governadora Suely Campos determinou que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) disponibilizasse a UTI aérea para garantir o atendimento dessas crianças”, disse o secretário-adjunto de Saúde, César Penna.

O caso mais recente foi do menino Samuel Inácio da Silva Piacho, de 6 anos, que estava em tratamento no hospital da Criança Santo Antônio, da rede municipal. Ele foi atendido pelo serviço aéreo no último dia 23, apresentando déficit motor progressivo, perda do controle de alguns movimentos, dificuldade para se alimentar e forte dor de cabeça, decorrentes de um tumor no cérebro. Ele foi levado para o hospital de Barretos, no interior de São Paulo (SP).

“Essa criança não teria a possibilidade de ser tratada aqui em Roraima. Em Barretos, ganhou uma nova perspectiva de vida e esperança para a família”, afirmou a diretora de Regulação da Sesau, Lidiane Bissi Lorenzoni.

Conforme o secretário, a equipe da Sesau está no aguardo da confirmação de mais um atendimento da UTI aérea. Dessa vez será uma criança recém-nascida, internada no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, que nasceu com problemas no coração e precisa de uma cirurgia.

No momento aguarda-se a emissão do laudo para disponibilização do serviço. Esse laudo médico é o primeiro passo para iniciar o processo de remoção. Depois dele, a equipe da Sesau inicia a busca por vaga em hospital conveniado com o SUS (Sistema Único de Saúde) que ofereça o tratamento que o paciente precisa.

Com a confirmação do procedimento em outro estado, é autorizada a vinda da aeronave, que fica em Goiânia (GO), à disposição do governo de Roraima. O paciente só sai de Roraima após a liberação do laudo médico e atestado de vaga na unidade onde será feito o atendimento, por meio do TFD.

A equipe da UTI aérea é composta de um piloto, um co-piloto, um médico e um enfermeiro, todos contratados pela empresa Brasil Vida – Transporte Aeromédico, que mantém contrato com o governo, no valor de R$ 1,5 milhão, com vigência até o mês de agosto deste ano.

O plano de vôo é socializado com a equipe da Sesau. Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Boa Vista, o avião é abastecido no hangar do governo e em seguida, o paciente é imediatamente transferido de uma ambulância para a UTI aérea. Quando chega ao estado onde será feito o tratamento, outra equipe já está esperando para fazer a transferência do paciente para a unidade de saúde.

Segundo a diretora de Regulação da Sesau, Lidiane Bissi Lorenzoni, a UTI aérea é destinada aos pacientes de TFD que não têm condições de embarcar em uma aeronave normal, sem equipamentos necessários.

“Disponibilizamos o serviço aos pacientes impossibilitados de embarcarem em um avião normal, geralmente que esteja entubado e sempre mediante laudo médico, declarando a necessidade do serviço. Só o médico que acompanha o paciente que sabe da necessidade”, frisou.

Fonte: Secom