Cotidiano

Vacinação contra gripe H1N1 continua

Embora campanha tenha sido encerrada, autoridades tentam alcançar a meta de 80% de vacinação em todo o Estado

Roraima foi um dos cinco estados do Brasil que não alcançou a meta mínima de 80% do público-alvo na vacinação contra a gripe H1N1, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. Quase duas semanas depois de encerrada a campanha nacional de vacinação, os postos de saúde dos municípios do interior e da Capital, bem como os agentes de saúde indígena, continuam vacinando na tentativa de alcançar a meta.   

A gerente do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações, Amanda Antunes Rodrigues, informou que os estados têm até o dia 10 de junho para lançar os dados estatísticos da vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Até essa data, o Estado não atingiu a meta mínima devido a alguns municípios não terem enviado todos os dados da vacinação devido à baixa qualidade da internet no interior, como também não recebeu boletins informativos de algumas áreas indígenas. “A dificuldade de acesso a algumas áreas indígenas, que só se chega de avião, tem contribuído para ainda não termos os números consolidados e uma meta maior já alcançada. Mais, mesmo assim, já estamos com mais de 76%”, afirmou.

Segundo ela, a orientação do Ministério da Saúde é para que as equipes continuem vacinando os grupos de risco até que seja atingida a meta preconizada de pelo menos 80%, em cada grupo prioritário formado por:  crianças de 6 meses até 5 anos incompletos, gestantes, puérperas, trabalhadores em saúde, idosos e indígenas e, caso não atinja, que se faça uma busca ativa.

Até o momento, Roraima só não atingiu a meta entre as crianças de 6 meses até 5 anos incompletos, bem como no grupo de gestantes. “Pelos dados que nos repassaram até o momento, temos municípios que não atingiram a meta em outros grupos, como indígenas e idosos, mas que já iniciaram a busca ativa para atender essa população”, disse.

Quanto às pessoas privadas de liberdade, trabalhadores do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, Amanda disse que, apesar de estarem no grupo de risco, não entram como cobertura vacinal na campanha, por isso não fazem parte dos números estatísticos da meta.

Roraima recebeu 175.600 mil doses da vacina contra a doença e a prioridade inicial é o público-alvo e, depois, caso ainda esteja disponível, a vacina será liberada para a população.  “Vamos continuar com a vacinação nos postos de saúde para atender, inicialmente, ao grupo de risco. Só após atingir a meta, dia 11, é que vamos saber se a vacina será liberada para as demais pessoas que não estão nos grupos prioritários. Temos que aguardar a autorização de liberação pelo Ministério da Saúde”, frisou. (R.R)
   
Em Boa Vista, o desafio é vacinar crianças e gestantes

Embora o Município de Boa Vista tenha alcançado a meta geral de 86% na campanha de vacinação contra a gripe H1N1, em pelo menos dois grupos prioritários, o de crianças de 6 meses até 5 anos incompletos e de gestantes, o índice de vacinação foi abaixo do esperado. A Prefeitura planeja massificar uma campanha em redes sociais convocando esse público para comparecer a um dos 34 postos de saúde da Capital, segundo informou o superintendente municipal de Vigilância em Saúde, Emerson Capistrano.

Ele afirmou que já está em campanha nos postos de saúde tentando identificar o motivo que fez o grupo de gestantes e de crianças a não comparecerem aos postos para a vacinação. “Ainda não conseguimos entender o porquê de não termos alcançado a meta nestes grupos. Mas vamos intensificar uma busca ativa e uma campanha nas redes sociais e na mídia”, frisou.

SINTOMAS – Os sintomas do H1N1 são similares aos sintomas da influenza humana comum (gripe comum). Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos associados à enfermidade. Já foram relatadas formas graves da doença com pneumonia e falência respiratória, além de mortes. A gripe suína pode causar também uma piora de doenças crônicas já existentes.

Acredita-se que o H1N1 possa ser transmitido da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa,especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.

O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo. Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento deve ser específico. O Ministério da Saúde alerta que é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença. (R.R)