Cotidiano

Veículos de transporte escolar voltam a rodar amanhã (26)

Escolas que ficaram sem aulas terão em um calendário alternativo, segundo a Secretaria de Educação

O transporte escolar dos alunos da rede estadual de ensino que residem na zona rural de Boa Vista e nos demais municípios do Estado será reestabelecido a partir de amanhã (26). Os empresários donos das frotas que realizam o serviço resolveram retomar as atividades após uma reunião com o governador Chico Rodrigues, no último dia 22. Na ocasião, o governador se comprometeu em efetuar o pagamento referente aos meses em atraso de 2013 até o final do ano.
Conforme a categoria, o acordo foi estabelecido após diversas tentativas de negociação. “Ele nos entregou o empenho de 40 dias letivos deste ano na manhã de hoje [ontem] e nos garantiu que o pagamento será efetuado até o próximo dia 10”, disse o proprietário de uma das frotas de veículos, que preferiu não se identificar.
O empresário destacou ainda que as notas já estão na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) para que sejam feitas a ordem bancária e pagamento. Ele frisou que a quantia a ser liberada é referente apenas aos serviços prestados em 2013. “Não negociamos os pagamentos de 2012, não temos a certeza se iremos receber”, disse.
GOVERNO – A Secretaria Estadual de Comunicação informou através de nota que o Governo do Estado tem cumprido suas atribuições junto às empresas de transporte escolar que prestam serviço à rede pública de ensino. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Fazenda, desde o mês de janeiro foram pagos R$ 54.116.881,26 aos prestadores do serviço, com recursos do Estado, Ministério da Educação e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Somente no mês de novembro, foi paga a quantia de R$ 3.490.178,27 a todas as empresas”, informa a nota.
SEED – A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação (SEED) informou através de nota que as escolas afetadas com a paralisação estão trabalhando em um calendário alternativo, com estudo dirigido, a fim de não causar prejuízo intelectual ao alunado e fazer cumprir os 200 dias letivos.
CASO – A categoria iniciou a greve no último dia 4. Eles alegavam que o governo devia cerca de R$ 18 milhões referentes a pagamentos em atraso nos anos de 2012 e 2013, além dos meses de setembro, outubro e novembro deste ano. “Temos três meses em atraso em cada ano. Estamos mantendo os carros em funcionamento com dinheiro de empréstimo e bens penhorados”, explicou um empresário, que pediu para ter a identidade preservada.
Cansados de tentarem negociar a dívida com o poder executivo, no dia 12 de novembro, oito dias após o início da paralisação, os empresários resolveram estacionar os veículos na Praça do Centro Cívico, em frente à sede do governo, em forma de protesto e permaneceram no local até o dia 22. (I.S)