Muitas pessoas não tem a oportunidade de visitar os túmulos daqueles que faleceram e estão enterrados em outras localidades. Por isso, no Dia de Finados, lembrado nesta quinta-feira (02), familiares e amigos procuram as grandes cruzes dos cemitérios para acenderem velas em memória aos entes falecidos.
Esse é o caso da Franciele Moraes, que, acompanhada da amiga, foi ao Cruzeiro do Cemitério Campo da Saudade para acender as velas à mãe, irmã e amiga que faleceram em outros estados do Brasil. Está foi a primeira vez que decidiu realizar o momento.
“Estou vindo agora, minha amiga vem mais vezes. E acho que não se trata de uma tradição mas é uma forma de memória às pessoas que representaram algo em nossa vida e vai continuar representando mesmo estando de outro lado”,
afirma a trabalhadora da área de departamento pessoal.
Para Franciele, cada vela é como se fosse uma vida que, com o tempo ou por adversidades, se apaga. “A gente acende e no tempo imprevisível da vida a gente se apaga. Eu costumo dizer que a gente não está só de passagem, mas vivendo o propósito que Deus tem pra cada um de nós. Como é o caso dela [a amiga] que perdeu um sobrinho muito jovem mas nesse tempo que ele passou aqui, registrou ótimas memórias e ensinou muito aos pais a família”, reflete.
Iluminar os caminhos
Outras pessoas também veem a vela acesa no Dia de Finados como um pedido de iluminação ao caminho para a alma. “Todo ano estou aqui e esse dia de hoje é uma maneira de homenagear eles, iluminar os caminhos dele”, relata Girlanda Medeiros.
Girlanda foi ao Cemitério Municipal Nossa Senhora da Conceição acender velas para a filha, falecida há mais de 40 anos, e os sogros, que estão enterrados em Manaus.