Usados geralmente em comemorações, os fogos de artifícios continuam em alta. Trabalhando com a venda do produto há 10 anos, o empresário Alexandre Gonzada, disse que 2015 superou a suas expectativas e que, em um ano de crise financeira, a venda do produto registrou um crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
“Eu acreditava que a crise iria ocasionar uma redução grande no estoque, tanto que diminuí a compra esse ano. Mas, para a minha surpresa, vendi em torno de 35% a mais que o ano passado. Isso é bastante compensador”, comentou.
Conforme Gonzada, a maioria dos empresários acreditava que a compra de fogos ocorria de acordo com o poder aquisitivo do consumidor. No entanto, o fator cultural foi determinante para as vendas sem manterem em crescimento. “É uma mística, uma crendice de que, se ele abrilhantar o céu em cores, o novo ano será diferente”, afirmou.
Com preços que variam entre R$0,50 a R$ 250,00, os artefatos possuem quatro tipos de opções, cada uma com indicações de faixa etárias distintas. Os de classe A, indicados para crianças de 7 anos, são fogos de pequenos estampidos, tais como estalos de salão, traques e simuladores. Esses, por sua vez, precisam ter cargas que não ultrapassem o limite de 0,20 gramas de nitrato de potássio.
Há também os de classe B, voltados para crianças acima de 12 anos. São fogos que podem ser em flecha de assovio ou possuir potência de um a três tiros. A bomba desse tipo de fogo deve conter no máximo 0,25 gramas de nitrato de potássio.
O da classe C é indicado apenas para uso adulto, que engloba os morteiros e girândolas de até quatro polegadas de estampido. Por lei, esse tipo de fogo deve conter até no máximo seis gramas de nitrato de potássio.
O de classe D, chamados de blaster, são peças pirotécnicas, presas em armações especiais usadas em espetáculos públicos. As bombas, desse tipo de material, contém mais de 10 gramas de nitrato de potássio, sendo manuseadas somente por profissionais.
Segundo o comerciante, é importante ficar atento para alguns cuidados na execução da queima de fogos. “O artefato não pode ser manuseado em bases de apoio de plástico, varas de madeira ou cabos de vassoura. É aconselhável também evitar a queima dos fogos em locais fechados, cobertos ou próximos de produtos inflamáveis ou explosivos. Por fim, no caso dos foguetes, ele deve ser lançado na posição vertical. No caso de falha, é necessário esperar um tempo de 60 segundos para tentar reacendê-lo. É importante que durante esse período, a pessoa esteja afastada do objeto”, concluiu. (M.L)