O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que desde o dia 15 de novembro iniciou o período de defeso dos peixes caparari e surubim. Por isso, está proibida a comercialização e transporte destas espécies até o final deste período, no dia 15 de março de 2017. O objetivo é garantir a reprodução das espécies no rio da Amazonas.
O Ipaam alerta os comerciantes que possuem as espécies armazenadas que declarem o seu estoque por meio de um requerimento único disponibilizado no site do órgão (www.ipaam.am.gov.br). Somente com essa declaração é que a solicitação de trânsito e comercialização destes peixes pode ser autorizada pelo órgão.
Em Roraima, o mercado de peixe é abastecido em grande parte pelo Amazonas, mas o surubim também é pescado nos rios daqui. Portanto, se o comerciante local não tiver a declaração, ele fica proibido de vender a espécie, seja nas feiras livres, mercados e supermercados da cidade.
Apesar do período de defeso do surubim em toda região amazônica, o peixe está sendo comercializado em Boa Vista, sem que o comerciante tenha feito a declaração. “Vendemos uma média de 20 quilos por dia”, confirmou uma feirante, ontem à tarde, na Feira do Produtor, no bairro São Vicente, zona Sul.
No mercado de peixes na área Francisco Caetano Filho, o Beiral, no Centro, o surubim também está à disposição do consumidor. Um feirante alegou que não sabia da proibição da venda da espécie. “Estou sabendo agora, por vocês, da imprensa”, disse, complementando que o preço do quilo da espécie caiu de R$ 14 para R$ 12.
O feirante acredita que mesmo com a proibição da venda do surubim, o mercado regional não ficará desabastecido porque o filhote, espécie da mesma família, substitui o surubim. “O filhote é mais consumido pelo boa-vistense”, observou.
Sobre a fiscalização da venda do surubim em Boa Vista, a Folha tentou contato telefônico, ontem pela manhã e à tarde, com a Superintendência Federal de Agricultura (SFA), mas o telefone do superintendente só caiu em caixa postal. (AJ)