Entre janeiro e agosto de 2024, o Brasil registrou 203,4 mil admissões de migrantes, refugiados e apátridas no mercado de trabalho formal, segundo o Boletim de Migração, divulgado pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senajus/MJSP) nessa sexta-feira (22). Desse total, os venezuelanos foram os que mais se destacaram, com 32,8 mil novos trabalhadores no mercado formal.
O boletim conta com dados do Observatório das Migrações (Obmigra) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Além de venezuelanos, completam a lista de maiores admissões, cubanos (3,2 mil), argentinos (3,1 mil), paraguaios (1,8 mil) e angolanos (1,1 mil).
Roraima, por ser uma das principais portas de entrada da migração, registrou 729 novos postos de trabalho formais para migrantes no primeiro semestre de 2024. Apesar disso, o estado de Santa Catarina lidera na criação de oportunidades para essa população, com a abertura de 12.995 novos postos de trabalho no mesmo período.
Setores que mais empregam
O boletim ainda revela que, do total de admissões, 28,8 mil vagas foram ocupadas por homens e 19,5 mil por mulheres. Já o setor industrial foi o principal responsável pela geração de vagas, com a criação de mais de 19 mil postos de trabalho para migrantes, enquanto o comércio e a reparação destacaram-se como o segundo segmento com maior saldo positivo.