Cotidiano

Venezuelanos reclamam de alimentação destinada a crianças

Mãe venezuelanas relataram a falta de alimentação apropriada para crianças recém-nascidas até dois anos de idade

Mãe venezuelanas que estão alojadas no abrigo Jardim Floresta relataram a falta de alimentação apropriada para crianças recém-nascidas até dois anos de idade. De acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, são cerca de 210 crianças e adolescentes na idade de zero a 17 anos no local, cerca de um terço da população do abrigo.

De acordo com Jocelyn Fernandez de vinte anos, mãe de Nehemias Bucarito, a principal reclamação é devido a alimentação dos pequenos. No brigo são distribuídos todos os dias, café da manhã, almoço e jantar. Jocelyn está há um mês abrigada, antes disso morou na Praça do Capitão Clovis.

“Estou muito agradecida de estar abrigada, as coisas melhoraram muito, mas para quem tem crianças pequenas ainda há muito sofrimento, precisamos de fralda, roupas, produtos de higiene, a maior preocupação é a comida, que não tem os nutrientes necessários para eles que precisam se alimentar de frutas e verduras” relatou.

De acordo com o Tenente Coronel, o exército é responsável por distribuir a alimentação nos abrigos diariamente com apoio da Acnur e Ongs que atuam no local. Ele informou que a reivindicação já chegou até a organização do abrigo e eles estão viabilizando a possibilidade de atende-la.

“Todos os dias, nós conversamos com os abrigados no local, e escutamos suas reivindicações, a alimentação das crianças abrigadas também é uma preocupação do exército e estamos pontuando a situação, caso seja pertinente, daremos um retorno aos imigrantes” informou.

De acordo com Pablo Matos, representante da Acnur, o órgão disponibilizou uma cozinha comunitária com fogão e panelas em todos os abrigos. “Temos essa preocupação com os bebês e mais jovens, e no local os pais podem produzir uma alimentação mais apropriada para os pequenos como leite e mingau” disse.