Riscos de vento forte não são uma novidade para Roraima, podendo ocorrer em qualquer época do ano. Um dos casos mais recentes do impacto que ele pode ter está no caso da árvore que destruiu o muro do Instituto Médico Legal (IML), no bairro Liberdade, durante forte chuva na madrugada de 22 de outubro do ano passado.
De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), os ventos mais intensos e que causam mais transtornos geralmente são os do final do período chuvoso, que ocorre entre os meses de agosto, setembro e outubro.
Também foi destacado pelo órgão que, apesar de haver um período mais propício para isso, ventos fortes são comuns durante todo o ano, principalmente aqueles associados a chuvas repentinas.
“Uma grande parte do Estado está localizada no Hemisfério Norte e próximo à linha do Equador, portanto regiões mais próximas a ela recebem maior quantidade de energia solar, influenciando também no aumento do calor que, associado à alta umidade, contribui para a formação de nuvens carregadas, acompanhadas por ventos. Atualmente, Roraima está no período seco, que se estende até o início de abril, com poucas chuvas até lá”, explicou a fundação.
Como forma de alertar e prevenir que esses ventos repentinos afetem a vida de moradores, o tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Roraima (CBMRR) Rodrigo Maciel, explicou que a primeira coisa a ser observada são as árvores.
“Se há uma árvore de grande porte na sua residência, o risco de uma queda dela ou da estrutura da casa é real. O nosso Estado é muito plano e as árvores se tornam o principal tipo de risco de queda com ventanias. Essas são as demandas que mais atendemos”, afirmou.
O tenente também destacou que o pior local para se ficar durante a presença de vento forte é no trânsito, que pode ser congestionado em meio a algum desastre natural. A recomendação é que se busque abrigo imediatamente.
“Se começar a chover e ver que a ventania está muito forte, não fique do lado de fora, pois os riscos também se estendem a outdoors, telhas de casas, estruturas de órgão públicos que podem cair em cima de veículos. Isso sem falar que uma árvore pode cair em via pública, como acontece algumas vezes, e gerar todo um transtorno no trânsito”, recomendou. (P.B)