Funcionários de uma empresa terceirizada, responsável pelos serviços de vigilantes e porteiros no hospital de Rorainópolis, procuraram a Folha para denunciar atraso de dois meses no pagamento dos salários.
Um dos funcionários afetados, que preferiu não se identificar, desabafou sobre a situação em que se encontram. “Somos vigias do hospital de Rorainópolis e estamos há mais de dois meses sem receber. Ao entrar em contato com a empresa, enfrentamos demora para obter resposta e falta de informações sobre os pagamentos, apenas nos pedem para aguardar”.
“Trabalhamos por necessidade, nossa sobrevivência. No entanto, é desanimador trabalhar durante 30 dias e não receber nenhum posicionamento ou pagamento. Pedimos apoio, pois acreditamos que ao tornar nossa situação pública, poderemos pressionar a empresa a regularizar a situação”, desabafou.
Ainda de acordo com o funcionário, a empresa alegou que o motivo do atraso, é porque a Secretaria de Saúde (SESAU), ainda não realizou o pagamento das notas dos últimos meses.
“Segundo a empresa, a responsabilidade recai sobre a SESAU que não efetuou os pagamentos, embora outras terceirizadas estejam em dia com os salários. Talvez uma denúncia pública possa pressionar a empresa a tomar medidas concretas para resolver essa situação”, ressaltou.
Em resposta às acusações, a SESAU emitiu uma nota, alegando que não há pendências de pagamento referentes ao exercício financeiro de 2024 e que os pagamentos estão em processo de liberação. Com relação ao exercício de 2023, a secretaria afirma que restam apenas três meses para a quitação, com todas as pendências em Reconhecimento de Dívida.
Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria de Saúde, por meio da Coordenadoria Geral de Administração, informa que não há pendência de pagamento referente ao exercício financeiro de 2024. A nota do mês de abril já foi protocolada na pasta, onde encontra-se em processo para pagamento.
Com relação ao exercício de 2023, a Sesau esclarece que restam apenas três meses para quitação, com todas em Reconhecimento de Dívida, e a pasta aguarda a liberação de orçamento”.