Cotidiano

Vigilância investiga morte por suspeita de Dengue em Roraima

Os últimos óbitos foram registrados no ano de 2010, quando houve a última epidemia de dengue, com mais de 11,7 mil casos notificados

Uma morte está sob apuração por suspeitas de relação com o agravamento de Dengue. A Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde do Estado (CGVS) aguarda a confirmação, mediante parecer da investigação epidemiológica do caso, que é feito pela Saúde Municipal.
O óbito de uma paciente idosa ocorreu no último domingo, dia 21, em um hospital particular e desde então vem sendo investigado pela comissão municipal. A averiguação quer saber se a paciente morreu especificamente por conta da Dengue ou se doença apenas complicou outra enfermidade que a vítima portava.
Antes disso, os últimos óbitos foram registrados no ano de 2010, quando houve a última epidemia de dengue, com mais de 11,7 mil casos notificados e mais de sete mil confirmados. À época, foram registradas seis mortes por casos de agravamento da doença. O Estado registrou apenas um caso de dengue com complicação em 2012 e dois casos em 2013.
Além deste caso da idosa, outros três casos de complicações da doença foram registrados entre os meses de agosto e setembro deste ano, em Roraima. Até agora, foram notificados 1.398 casos de dengue, sendo 571 confirmados em laboratório. O número está dentro do esperado, segundo informações da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde).
O gerente estadual do Núcleo de Controle da Dengue e Febre Amarela, Joel Lima, lembrou que a Venezuela, país vizinho ao Estado, já registrou mais de 45 mil casos da doença, dos quais aproximadamente 1% é de casos graves. “Na Venezuela, o maior número de casos da doença está na faixa de zero a 12 anos de idade. Em Roraima, além das crianças que nasceram desde a última epidemia (2010), há as pessoas que nunca pegaram a dengue e que são um público vulnerável à doença”, pontuou ao lembrar que o Estado tem todos os fatores favoráveis para a ocorrência de uma epidemia.
SINTOMAS – Lima destacou que algumas pessoas têm subestimado a Dengue, o que muitas vezes retarda a ida desse paciente a um médico, diminuindo as chances de êxito no tratamento, especialmente nos casos graves. A dengue clássica apresenta sintomas como febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do apetite, manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo. Nestes casos, a orientação é que o paciente procure, inicialmente, uma unidade básica de saúde.
Os sintomas da dengue grave são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, manchas vermelhas na pele, sonolência, agitação e confusão mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de consciência. Nestes casos, o paciente pode procurar diretamente um hospital; se um paciente com sintomas de dengue grave for a um posto de saúde, os profissionais de lá devem referenciá-lo a uma unidade de maior complexidade. Neste caso, Hospital-Geral de Roraima, Hospital da Criança Santo Antônio e Hospital Materno-Infantil.