Cotidiano

Vigilantes pedem reconhecimento e pagamento de risco de vida

A categoria esteve protestando na manhã desta terça-feira, 28, em frente ao Palácio 9 de Julho, sede da Prefeitura de Boa Vista

*MATÉRIA ATUALIZADA ÀS 14H32

Trabalhadores que atuam como vigilantes para a Prefeitura de Boa Vista realizaram na manhã desta terça-feira, 28, uma manifestação em frente ao Palácio 9 de Julho, situado no bairro São Francisco.

Com faixas e cartazes, os manifestantes levaram ao conhecimento da imprensa duas pautas antigas da categoria. Uma delas gira em torno do reconhecimento dos profissionais dentro dos planos de carreiras já sancionados pela Administração Municipal.  

“Nós existimos desde 2005, no entanto, de lá para cá já foram aprovados dois planos de carreira, que são a 712 e a 1.611. Nessas duas leis nenhuma contemplou a categoria do vigilante municipal e isso nos deixa com a sensação de que não somos valorizados”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes Municipais de Boa Vista, Thiago Braga.

Outra situação levantada na manifestação do o pagamento do risco de vida, que não estaria sendo repassado aos servidores, segundo informou o presidente da entidade, Fabrício Marques.

“Foi aprovada uma emenda, em 2017, de autoria do vereador Genival da Enfermagem, e ela contemplaria 300 vigilantes, pais de famílias e provedores de seus lares. Ela deveria ser paga em janeiro desde ano, ela foi incluída no PPA [Plano Plurianual] e na LOA [Lei Orçamentária Anual], só que até hoje nada. Já estamos finalizando o mês de maio, indo para junho, e nada do risco de vida ser repassado ao servidor”, completou.

A categoria espera que a Prefeitura tome um posicionamento a cerca das duas pautas, uma vez que muitos trabalhadores já começam a passar por dificuldades financeiras.

“Gostaríamos que a Prefeitura se sensibilizasse com a nossa situação. Somos pais de família e hoje em dia o vigilante municipal enfrenta uma situação muito difícil. Se a Prefeitura não acordar, daqui alguns dias nós teremos que fazer um abrigo para vigilante público municipal, porque muitos estão perdendo seus bens. A perda do adicional noturno foi impactante na vida de cada um que está aqui”, concluiu Marques.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, que informou, em nota,  que o adicional noturno está sendo pago de acordo com a legislação, sendo 25% da hora normal.

“A previsão orçamentária para risco de vida prevista na LOA é para guardas da secretaria de segurança urbana e trânsito, que se encaixam nos critérios que a lei permite para este tipo de adicional”, destacou.

A Prefeitura reafirmou ainda que fará o que estiver ao alcance para resolver a situação com diálogo.

Colaborou a fotógrafa Diane Sampaio.