Cotidiano

Você na Folha debate a violência em Roraima

Os números da violência têm aumentado no Estado. Só no mês de setembro foram registrados 47 homicídios, além de registros de roubos e furtos que também têm aumentado significativamente. A Folha foi às ruas para saber se as pessoas têm mudado os hábitos por causa da violência em Boa Vista? O que mudou?

“Com certeza. Antigamente eu e minha esposa frequentávamos mais vezes o centro da cidade, no entanto, hoje em dia procuro evitar esta área em qualquer período do dia, devido ao alto índice de roubos por essa região. Geralmente sinto um pouco de medo de ser assaltado, ou mesmo furtado sem perceber”, Ygo Almeida, 25 anos, manutenção de piscinas.

“Realmente a situação na capital tem se tornado cada vez mais agravante. Com isso as pessoas devem se cuidar. Eu particularmente evito frequentar locais com pouco movimento de pessoas. O melhor a se fazer nesse momento é evitar os lugares violentos, lugares esses que abrangem uma boa parte de Boa Vista”, Janos Junior, 28 anos, vendedor.

“Eu particularmente não mudei muito, pois não tinha o que mudar. Sempre fui uma pessoa tranquila, de casa para o trabalho e do trabalho para a casa. Acontece que as pessoas precisam se policiar com relação aos locais que frequentam, porque Roraima não é o mesmo de dez anos atrás. É aquela velha história: quem procura, acha”, Jorge Alberto, 50 anos, servidor público.

“Comecei a ter mais cuidado com relação aos horários que saio na rua, geralmente não uso o celular quando eu estou caminhando e evito andar com bolsas que chamem atenção. Acontece que antigamente podíamos fazer isso, mas hoje em dia as coisas mudaram. Quando saio durante a noite, sempre estou acompanhada por alguém”, Amanda Cristina, 21 anos, vendedora.

“Antes eu saía com o celular na mão, agora não faço mais isso. Quando vou sair de casa evito usar pulseiras ou colares e sempre presto atenção ao meu redor. Acontece que antes erámos mais desligados, hoje não dá mais para ser assim. Infelizmente a gente tem que suspeitar das pessoas que estão passando na rua. Acredito que isso tudo é uma forma de se proteger”, Cinthia Bastos, 20 anos, estudante.

“Decidi investir na segurança do meu lar, pois moro em um condomínio, que inclusive foi assaltado recentemente. Criamos um grupo no WhatsApp para que os moradores se comunicassem. Agora quem nota alguma atividade suspeita já avisa pelo aplicativo, isso tem ajudado bastante. Geralmente tomo cuidado ao entrar em casa, devido ao portão ser elétrico, fico com medo que alguém entre junto comigo, sem que eu veja”, Thaiz Barros, 20 anos, estudante.