Cotidiano

Você na Folha debate Dependência Energética

Folha foi às ruas saber o que a população acha do desligamento do Linhão de Guri e a possibilidade de Roraima voltar à época do racionamento

Com a crise diplomática entre a Venezuela e o Brasil, Roraima é o mais prejudicado, uma vez que o abastecimento de energia elétrica vem do país vizinho pelo Linhão de Guri, o qual já chegou a ser desligado temporariamente, fazendo com o que o Estado passasse a ser abastecido por termoelétricas, sistema precário e caro que nos coloca na iminência de racionamento de energia elétrica. A Folha foi às ruas saber o que a população acha do desligamento do Linhão de Guri e a possibilidade de Roraima voltar à época do racionamento.

Viviane Alcântara, 26 anos, comerciante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Deveríamos caminhar para o progresso e não retroceder para uma situação tão complicada de racionamento de energia. O mais irônico é trabalhamos para pagar uma energia cara de um sistema deficiente que queima teus aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos.”

Letícia Miqueles, 20 anos, consultora de vendas (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“É difícil definir o nosso futuro, mas as quedas de energia são sinais de que não devemos gerar grandes expectativas de resoluções imediatas. Será que vamos romper de vez com a Venezuela na questão da energia? Talvez, só assim, para alguém tomar uma providência e sermos finalmente independentes.”

Luana Loureiro, 58 anos, professora (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Vivo há 20 anos em Roraima e nunca conquistamos a nossa independência de energia. O problema foi se arrastando, as autoridades se acomodando, até que a crise chegou. Para que o Estado cresça, são necessários políticos que se preocupem com o nosso presente e futuro.”

Geovane Cavalcante, 30 anos, lavador de carros (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Ainda dá pra resolver a questão da energia em Roraima. As autoridades deveriam aprovar a construção de termoelétricas e nos ligar de uma vez com o sistema nacional. Mas não vivemos só de planos no papel. Tenho a esperança de que alguém no congresso se levante em favor de todo o povo.”

Gabriel Veras, 22 anos, estagiário (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Não existe a possibilidade de não solucionarem. Boa Vista cresceu, o Estado precisa se desenvolver também. Temos que parar de ser tão dependentes da Venezuela e nos conectarmos de uma vez com o plano de rede nacional.”

Brendo Lin, 19 anos, estudante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Não estamos mais nos tempos das cavernas. A energia é uma realidade e dependemos dela para darmos continuidade a todas as tarefas corriqueiras. A ideia de a população voltar aos racionamentos de energia é inaceitável.”