FABRÍCIO ARAÚJO
Editoria de Cidade
Já se tornou comum, todos os anos, pais de alunos fazerem longas filas e passarem madrugadas para tentar garantir vagas nas escolas. A Folha foi às ruas saber das pessoas o que acham disso e o que falta para que fatos assim não aconteçam?
Zenilda Profiro, 61 anos, assistente de aluno (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
“Eu acho que é uma prática errada, mas dizem que este ano vai melhorar a situação, mas eu fico na dúvida se realmente vai melhorar ou não. Eu acredito que o problema poderia ser resolvido pela Secretária de Educação mesmo. Também dá para construir mais escolas e abrir mais vagas, porque são muitas crianças que precisam estudar.”
Rillary Muniz, 20 anos, autônoma (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
“Acho que é uma situação muito estressante. Tenho uma tia que já passou por isso, precisou dormir no Gonçalves Dias. Ela ficava muito estressada porque é cansativo. O pior são as pessoas que passam por isso e não conseguem. Acredito que, se houvesse um agendamento ou algo do tipo, poderia ficar mais organizado.”
Débora Moreira, 26 anos, vendedora (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
“Eu só vejo as cadeiras porque ninguém fica naquelas filas. É uma falta de respeito com as pessoas. O ideal seria atender a todos para não ter filas. Acho que a solução seria aumentar o número de vagas, construindo mais escolas e mais salas para que todos pudessem ser atendidos.”
Edson Perez, 44 anos, taxista (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
“Eu acho que as pessoas também dificultam. A maioria mora em bairros distantes e só querem colocar os filhos em escolas do Centro e isso é que gera este tumulto. Mas acho que a Secretaria de Educação precisa achar uma melhor forma de organizar, orientando estas pessoas para evitar essa bagunça. O ideal seria melhorar o ensino em todos os bairros para que cada um estude na região em que mora.”
Osvaldo Pereira Lima, 66 anos, aposentado (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
“Eu acho muito errado essas filas. Para educar, não é necessário tanto sofrimento como é causado por as longas filas que vemos. Acho isto um erro. É claro que a educação está em primeiro lugar. Para resolver isto, é necessário construir mais escolas e oferecer mais vagas para a população. A propósito, eu sou o fã número um de toda a programação da Rádio Folha.”
Thiago Ribeiro, 18 anos, desempregado (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
“Tem gente até dormindo nestas filas, passando a noite e, mesmo assim, não consegue as vagas porque já estão preenchidas por ‘peixadas’. Isso é uma injustiça. Se um colégio disponibiliza cem vagas, acaba sobrando 30. Isto não é certo. A grande questão é como resolvemos a corrupção no país? É uma pergunta que, por falta de experiência, eu ainda não sei responder.”