A Câmara de Boa Vista aprovou na semana passada o Projeto de Lei 238/2018, da vereadora Tayla Peres (PRTB), que pretende obrigar estabelecimentos comerciais ou financeiros a informar ao consumidor, por escrito, as razões de possíveis indeferimentos de crédito ou da negativa de aceitação de título ou crédito. Conforme o projeto, um documento por escrito seria a única forma de comprovar o constrangimento por qual o consumidor passou por culpa de terceiros. A Folha foi às ruas saber das pessoas o que acha dessa iniciativa da Câmara? Por quê?
Giseli Azevedo, 35 anos, funcionária pública (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)
“Em minha opinião esse parece ser um ótimo projeto, pois a pessoa já vai estar ciente do porquê seu nome não ter sido aprovado. Sem falar, que isso vai poupar tempo do consumidor ter que ir atrás do problema. As vezes a gente não sabe como resolver, se o estabelecimento nos direciona, fica bem mais fácil resolver a situação. Na maioria das vezes a empresa sabe o motivo pelo qual você não pode abrir um crediário, ou até mesmo conseguir um financiamento. Se o projeto vem para facilitar a vida da pessoa, não tem porque ser ruim”.
Paulo Sampaio, 36 anos, auxiliar administrativo (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)
“Acho que esse seja um projeto interessante, e espero que seja realmente aprovado, pois geralmente não sabemos a origem do problema. Se a empresa descreve em um documento, fica mais fácil resolver a questão que implica o cidadão abrir uma conta, um crediário, entre outras coisas. Inclusive já aconteceu comigo, certa vez tentei abrir um crediário em uma loja, não consegui, perguntei qual seria o motivo, porém não me responderam e eu tive que procurar onde havia o problema”.
Maria de Jesus, 54 anos, pensionista (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)
“Acredito que seja certo os estabelecimentos oferecerem esse tipo de serviço ao consumidor, porque geralmente a pessoa fica constrangida por não saber o que está havendo com o seu nome. Certa vez tentei abrir um crediário em uma loja e não consegui. A única coisa que me disseram, é que havia uma dívida de R$ 2,35 no meu nome, no entanto, não me deram detalhes, tive que ir a vários lugares até descobrir a origem do meu problema. Se a lei já existisse teria evitado todo meu constrangimento. Espero que seja realmente aprovada”.
Rômulo Braga, 24 anos, servidor público (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)
“Acho que seja uma boa ideia, pois dessa forma o cliente fica ciente do que impede dele abrir um crediário, uma conta, ou até mesmo o porquê de que não consegue um financiamento. Dessa forma a pessoa também fica sabendo aonde deve ir para resolver o problema. O que deve ser feito, e ainda pode entrar com processo contra empresas que ainda estão com suas contas que já foram pagas e ainda constam em aberto. Acredito que tem tudo para beneficiar a população”.
Ivone Souza, 32 anos, estudante (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)
“Se não for algo que venha constranger o cliente, acredito que seja uma boa ideia, pois dessa forma a pessoa pode resolver o problema de uma forma mais rápida. Geralmente as empresas já têm acesso aos nossos dados, creio que não custa nada eles informarem as pessoas o problema que impede com que elas também sejam beneficiadas com um crediário, ou qualquer outra coisa nesse sentido”.
Leonardo Silva, 31 anos, motorista (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)
“É algo que tem tudo para beneficiar a população, pois é válido o cliente saber o motivo que o impede de obter um benefício, até porque nem todo mundo tem dinheiro para fazer compras à vista. Em alguns casos, as pessoas não conseguem abrir mesmo com o nome fora do Serasa, então acredito que essa lei vai contribuir bastante para as pessoas. Sem falar que será algo que vai direcionar as pessoas para o órgão que ela deve procurar para resolver a situação”.