Na madrugada da quinta-feira, 15, o Hospital Geral de Roraima foi invadido por três homens encapuzados e Fernando Carneiro dos Santos que tinha envolvimento com o assalto da agência do Banco do Brasil da Avenida São Sebastião, foi morto a tiros no Bloco A. Fora isso, há vários relatos de roubos e furtos dentro de algumas unidades de saúde. A equipe da Folha foi às ruas saber a opinião das pessoas com relação à segurança das unidades de saúde da capital. Quais os procedimentos você acha que deveriam ser tomados para evitar esse tipo de situação nesses locais? Você acha que é responsabilidade do governo propor uma segurança maior para os pacientes dos hospitais? Por quê?
Marcos Pimentel, 54 anos, autônomo (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Acredito que deveriam melhorar o sistema de segurança desses locais, é dever do Estado propor segurança tanto para o paciente como para o acompanhante. O HGR, por exemplo, é um órgão do Estado, por isso é dever do governo cuidar das pessoas que estão lá dentro. Qualquer tipo de melhora na segurança seria bem-vinda, pois a situação realmente está caótica dentro dessas unidades”.
Stephanie Nery, 21 anos, estudante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Acredito que muitas coisas deveriam ser mudadas para que haja uma segurança maior nesses locais. As pessoas que fazem uso de qualquer unidade de saúde do Estado devem estar sobre os cuidados do governo. Creio que deveriam fazer um estudo para saber como poderiam melhorar a segurança do local. Talvez uma opção viável fosse colocar policiamento dentro desses centros de saúde”.
Andreia Morais, 30 anos, autônoma (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Na verdade não existe nenhum tipo de segurança dentro desses hospitais. Existem várias coisas que acontecem, e que muitas vezes não ficamos sabendo. Geralmente podemos observar a facilidade que há para as pessoas entrarem e saírem sem nenhum tipo de identificação. Uma vez minha mãe ficou internada no HGR, e teve as coisas de sua bolsa furtada. Acredito que deveriam investir em uma empresa terceirizada responsável apenas pela segurança do local, ou mesmo um policiamento dentro do hospital”.
Thony Carvalho, 38 anos, servidor público (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Vejo que realmente é precária a segurança nas unidades de saúde, não apenas nas unidades, mas em todos os órgãos públicos do Estado. Acredito que nesses locais deveria haver uma portaria de identificação, para saberem quem são as pessoas que estão entrando. Infelizmente o acesso de qualquer pessoa no interior desses prédios é de muita facilidade, e com isso os pacientes que estão sendo atendidos ficam desprotegidos. Isso tudo é de responsabilidade do governo do estado e dos secretários de saúde, que deveriam lutar para que algo fosse feito nesse sentido”.
Hebert Thomaz, 32 anos, músico (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Acho que os nossos hospitais, principalmente o HGR, estão muito abandonados nesse sentido. Infelizmente os nossos governantes estão tratando a população com um descaso total. Parece que ninguém liga para o que está acontecendo dentro desses locais. Em minha opinião, não existe nenhum tipo de segurança nas unidades de saúde. Isso tudo o que acontece, mostra muito bem que não há segurança. É complicado falar o que deveria ser feito, até porque não estão contratando ninguém, mas creio que deveriam investir em câmeras de segurança e na identificação das pessoas que entram na unidade”.
Maria Raimunda, 58 anos, zeladora (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Acredito que não há segurança nos hospitais, eu particularmente tenho medo de ter que ser internada um dia. Fiquei chocada quando soube que entraram na unidade para matar o rapaz. Sei que ele era um criminoso, mas fico imaginado se houvesse uma confusão, como já houve em outros casos, e os encapuzados matassem o paciente errado. Acho que deveria implantar um sistema mais burocrático de identificação na entrada da unidade”.