Você na Folha debate Segurança Pública em Boa Vista

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

Na última semana, diversos confrontos entre bandidos e policiais ocorreram em Boa Vista, situação que não é comum na cidade. As trocas de tiros resultaram em mortos e feridos, tanto inocentes, quanto bandidos. A Folha foi às ruas saber como os roraimenses estão se sentindo com esses eventos atípicos em Boa Vista.

Monalissa dos Santos Tavares, 21 anos, desempregada (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acho que todos nós nos sentimos ameaçados com tanta violência que vem ocorrendo, principalmente estes assaltos, porque a maioria dos assaltantes está armada, não temos segurança. Eu só me sinto ameaçada mesmo e com medo. Eu mesma não saía de casa porque me sentia desprotegida, agora que comecei a sair”.

Antonio Cleiton, 31 anos, técnico em enfermagem (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Na realidade, acho que apesar de ter tido diversas vítimas, em confrontos sempre vai ter uma situação que vai ocorrer de forma inesperada. Eu me sinto seguro com o policiamento, ultimamente eles estão mais proativos. Pelo menos nos últimos dias, estou me sentindo mais seguro”.

Manoel Ramos, 46 anos, auxiliar de serviços gerais (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“É uma situação desconfortável. Não deveria ser assim. Acho que está ocorrendo de forma errada, totalmente errada. Eu me sinto com medo de ocorrer um tiroteio porque posso estar com uma criança do lado ou pessoa idosa e não tem como correr, não tem como pedir socorro, é difícil”.

Osvaldo Caiado, 21 anos, pintor de obras (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Eu me sinto seguro porque a criminalidade está crescendo e se expandindo cada vez mais e a guarnição daqui não conseguia dar conta, nós andávamos meio receosos na rua porque podia acontecer qualquer coisa. Eu não sei nem explicar como me sinto sobre as trocas de tiros, eu fico com medo, sem reação”.

Odete Dantas, 66 anos, costureira (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“A gente fica com medo, né? Com muito medo porque às vezes a polícia só está perseguindo um bandido e então ocorrem esses tiroteios e qualquer pessoa pode acabar baleada no meio disso, sem nem ter culpa de nada. Acabam morrendo inocentes no meio dessa situação”.

Camila Machado, 20 anos, assistente administrativa (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Eu acho que pelo fato de estarem vindo muitos imigrantes para cá, estamos ficando sem segurança. Recebemos policiais de fora, mas não está sendo suficiente, acho uma situação complicada. Me sinto assustada, com medo porque não temos mais segurança e não somos acostumados com isso”.