Cotidiano

Você na Folha discute a alta do preço dos combustíveis

O boa-vistense sente o impacto do aumento da Petrobras sobre o valor do litro da gasolina e do diesel, refletindo em seus preços finais nos postos da Capital. No mês passado, a gasolina comum mais barata estava sendo vendida a R$ 4,19. Hoje, a média de preços da gasolina comum flutua entre R$ 4,66 a R$ 4,69 no dinheiro e R$ 4,79 a R$ 4,82 no cartão de crédito. A reportagem da Folha foi às ruas para saber: você está se sentindo lesado com o preço da gasolina? Por quê?

“Eu particularmente não me incomodo com esse aumento abusivo, obviamente que discordo da atitude do Governo Federal de querer aumentar diariamente o preço da gasolina, porque isso atrapalha nas programações das pessoas com relação a viagens ou a negócios. Isso faz com que nada seja planejado em longo prazo, pois ninguém sabe qual valor estará amanhã”, João Cirino, 26 anos, jornalista.

“Claro que me sinto prejudicada, porque tenho carro e preciso fazer quatro viagens por dia, pois trabalho em dois horários. Para que eu economize um pouco, passei a ficar direto no trabalho, agora faço apenas duas viagens por dia. Devido ao valor abusivo precisei mudar minha rotina completamente e sei que muitas pessoas passaram a fazer da forma que estou fazendo”, Rosilda Leandra, 63 anos, agente administrativa.

“Impossível as pessoas não se sentirem prejudicadas. Primeiramente, o transporte público não tem qualidade, com isso a pessoa geralmente luta para conquistar seu próprio meio de transporte para poder se locomover e, com o aumento na gasolina, o cidadão se sente realmente frustrado. Devido a isso a maioria dos serviços aumenta de preço e se torna um desafio explicar todo o porquê para o cliente”,  Lanne Prata, 32 anos, fotógrafa.

“Me sinto prejudicado porque o preço sobe a cada semana e sabemos que não vai diminuir. Vejo que a paralisação dos caminhoneiros de nada serviu, pois ninguém se uniu à causa para defender nossos direitos como consumidores. Eu me pergunto todos os dias do que adiantou o pré-sal, pois o preço continua se elevando. O pior é que, com o aumento da gasolina, praticamente todos os produtos passam a ser mais caros”, Marcos Marciel, 35 anos, vendedor.

“Realmente é um absurdo, porque muitas pessoas dependem do combustível para trabalhar, para deixar filho na escola, enfim, tudo que vamos fazer precisa do combustível. Infelizmente não foi apenas a gasolina que amentou de preço, os demais produtos todos estão encarecidos e, com isso, a população se vê em um beco sem saída”, Carmosina Santos, 53 anos, auxiliar técnica. 

“Estou me sentido realmente lesado, porque é ruim pagar caro por um produto que é de fácil acesso no Brasil. Hoje em dia a gente vive em um país em que a maior parte dos nossos gastos é com impostos. O produto, muita das vezes, chega a ser mais barato que o imposto cobrado em cima dele. Geralmente ando de moto e antigamente, para viajar, gastava em torno de R$ 70,00, hoje em dia gasto em torno de R$ 150,00”, Hiardo Rodrigues, 41 anos, estudante.