O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou programas assistenciais para repatriar imigrantes que desejam voltar para seu país, por meio do Vuelta a La Patria (Plano Volta à Pátria).
Por meio de parceria com o país venezuelano, o Governo de Roraima vai fazer, a partir da próxima semana, o transporte dos imigrantes até a fronteira.
A equipe da Folha foi às ruas para saber das pessoas o que acham desse plano. Você acredita que esse processo vai ajudar a minimizar os problemas causados pelo fluxo imigratório no estado? Por quê?
Hyago Lima, 26 anos, vendedor
“Acredito que sim, porque o estado de Roraima é muito pequeno para suportar tantas pessoas. Os imigrantes precisam retornar para seu país de origem, pois o Brasil está sentindo o peso do fluxo imigratório. Além disso, a violência disparou nos últimos anos e, na maioria dos casos, imigrantes estavam envolvidos. Não acho que devam tratá-los de forma indigna, no entanto, a população brasileira deixou de ser prioridade, principalmente no que se trata de atendimentos médicos, em unidades de saúde. A situação é que nós pagamos impostos para manter o país, o governo não pode tirar o mínimo de regalia que a gente tem. Esse plano tem que ser eficaz, e nada mais justo que o Brasil ajudar os venezuelanos a retornarem para seu país, de uma forma digna”
Paloma Costa, 26 anos, autônoma
“Eu creio que sim, porque depois que a população aumentou, a violência disparou muito. Sei que existe gente ruim em todos os lugares, sei que aqui já havia violência, mas nada era como é agora. A meu ver, a nossa gestão governamental se preocupou mais com os imigrantes que os brasileiros. Muito dinheiro foi gasto por conta da imigração, pegaram um problema que não era nosso, e isso piorou a situação do estado. Em minha opinião, o presidente da Venezuela tem que ajudar essas pessoas”
Marcone Souza, 29 anos, lojista
“Com certeza, porque com a vinda dos imigrantes para Roraima a violência aumentou muito. Acredito que esse talvez seja um bom plano para estabilizar o estado. Existem muitas pessoas nas ruas e, por mais que a gente queira ajudar, não temos condições. Como ser humano, creio que algo tenha que ser feito para resolver essa situação, pois para todos os lados que olhamos vemos pessoas sofrendo, e isso não é justo”
Reinaldo Torres, 38 anos, operador de máquinas pesadas
“Eu acredito que sim, talvez não acabe com o problema de uma forma geral, mas pode melhorar a situação. Isso porque a população venezuelana está muito grande aqui dentro do estado. Roraima é pequeno para tantas pessoas, não tem suporte nem mesmo para os brasileiros. A condição simplesmente não permite resolver um problema de um país. A melhor solução é levá-los de volta, no entanto, se a situação continuar a mesma lá dentro, não adiantará nada gastar dinheiro transportando os imigrantes até a fronteira, pois caso a política da Venezuela continue a mesma, eles retornarão para o Brasil”
Raquel Salazar, 24 anos, técnica em Enfermagem
“Se os governantes fizerem realmente este plano dar certo, acredito que sim. No entanto, se for apenas falação não vai adiantar de nada. Terão que mandar uma boa quantidade, para poder surtir efeito e minimizar os problemas enfrentados aqui no estado, pois se mandarem apenas uma minoria, não fará diferença alguma com relação à quantidade de imigrantes que vive por aqui”
Neimara Fontinely, 31 anos, estudante
“Acredito que esse plano não vai dar certo, pois enquanto a Venezuela não mudar a forma de política do país, as pessoas vão continuar vindo para o Brasil. Os imigrantes não terão garantia nenhuma de que as coisas mudaram, até porque não mudou, a crise por lá continua a mesma, ou até mesmo pior. Deveriam achar uma outra forma de ajudar essas pessoas. Os imigrantes voltando para lá, vai aliviar o peso do estado com certeza, no entanto, serão várias pessoas vivendo em estado de pobreza no país de origem”