Os dois voos especiais de Puerto Ordaz, na Venezuela, a Boa Vista, foram cancelados pela companhia aérea venezuelana Rutaca Airlines, foram cancelados após impasses com a empresa que presta serviços de solo no aeroporto Atlas Brasil Cantanhede, na capital. As aeronaves estavam previstas para decolarem de Boa Vista na madrugada dessa quinta-feira (25) e pousarem no dia 28.
Informações iniciais davam conta que o motivo para o cancelamento dos voos seria que as fornecedoras não enviariam combustível à companhia devido às sanções econômicas dos EUA contra a Venezuela, pais de origem da companhia.
No entanto, fontes confirmaram à Folha BV, sob condição de anonimato, que o fornecimento de combustível não seria o problema, já que a companhia opera com voos fretados para a Copa Libertados e a Copa Sul-Americana, em partidas realizadas no Brasil.
O motivo seria um imapsse, a DNata, única operadora de assistência em solo no Aeroporto de Boa Vista, que, havia se negado a atender qualquer empresa aérea do país vizinho. Apesar da Rutaca ter realizado voos fretados recentemente no Brasil, outras empresas de assistência em solo foram responsáveis pelos serviços, evitando interrupções.
A Rutaca havia anunciado a conexão Boa Vista-Puerto Ordaz, cidade do interior da Venezuela conhecida pelo garimpo e a ideia é estabelecer uma rota regular entre as duas cidades. O anúncio oficial do voo estava agendado para o Salão Internacional de Turismo, de 26 a 28 de abril, no Roraima Garden Shopping.
Até recentemente, a cidade venezuelana contava apenas com o único voo regular entre Brasil e Venezuela, operado pela Conviasa, com destino a Manaus, no Amazonas.
Em nota à Folha BV Aeroporto de Boa Vista disse que, após receber a solicitação do voo com destino a Puerto Ordaz prontamente se colocou à disposição da companhia aérea, oferecendo horários disponíveis para a operação e complementou que segue aguardando novas tratativas para viabilizar a operação no futuro. A reportagem também tentou contato com com a DNata mas não houve retorno.