Um estudante indígena de 15 anos está em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Geral de Roraima com coronavírus.
Ele deu entrada no hospital com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e seu primeiro teste para coronavírus deu negativo. O segundo, no entanto, confirmou a contaminação.
O estudante mora na aldeia Rehebe a margens do rio Urariquera, município de Alto Alegre e estudava na cidade, vivendo na casa de uma liderança. Com o avanço da epidemia no estado e a suspensão das aulas ele teria voltado para a aldeia de origem, mas se sentiu mal e foi encaminhado para o hospital.
Cinco profissionais de saúde que tiveram contato direto com o indígena contaminado já se encontram em isolamento social.
O Distrito Sanitário Yanomami, que cuida da saúde indígena, acredita que a infecção do povo yanomami pela Covid 19 sempre foi considerada eminente, por conta de a população estar exposta a muitos fatores de risco pelo contato próximo com a sociedade não indígena. O local seria uma rota de grande trânsito de pessoas não indígenas por conta da exploração de minérios na região.
O Dsey enviou uma equipe no 5 de abril para a aldeia levando testes rápidos que serão feitos em casos suspeitos na comunidade. A equipe vai em busca ativa de sintomáticos respiratórios nas aldeias que já estão com isolamento social.
Após a confirmação do caso, o prefeito do município de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado, fechou as entradas da cidade com barreiras sanitárias após a confirmação do caso. Ele acredita que o jovem deve ter contraído o vírus foram do município.
“O menino ficou na Casai- a Casa do Índio e fizemos todo o monitoramento da entrada e saída dele do Hospital Geral. Aqui no município mesmo ele deu entrada no dia 17 passado se queixando de dores na nuca e de cabeça e na casa onde estava, tem muitos idosos e ninguém apresentou sintomas. Todos ficaram em isolamento por mais de 15 dias e tudo indica que ele se contaminou no hospital em Boa Vista”
SESAU – A Secretaria de Saúde (Sesau), por meio do Hospital Geral de Roraima (HGR), informou que o paciente indígena, permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que informações sobre sua situação podem ser fornecidas apenas com autorização dos familiares. (Com informações do Estado de São Paulo)