Cotidiano

Zika faz aumentar procura por prevenção

Até mesmo a venda de mosquiteiro registrou aumento na corrida pela prevenção contra o Aedes aegypti

Com o avanço do zika vírus, doença que provoca microcefalia em bebês recém-nascidos, a comercialização de repelentes aumentou cerca de 30% nas farmácias da Capital. A utilização do produto é o método mais aconselhado pelos médicos para impedir a ação do mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue, da chikungunya e da febre amarela urbana. 

Em alguns pontos comerciais também aumentaram as vendas de inseticidas e mosquiteiros, mostrando que os boa-vistenses estão cautelosos perante a situação. Na Avenida Ataíde Teive, no bairro Asa Branca, zona Oeste, o gerente de uma farmácia, Rosemir Santos, disse que a procura está em alta. “Decorrente do zika vírus, que atinge todo o Brasil, notamos que mais pessoas têm vindo até aqui para adquirir produtos de proteção. A venda de repelentes e inseticidas, por exemplo, aumentou em torno de 30%”, informou.

Santos ressaltou que, apesar da maior procura, o estabelecimento não reajustou o preço. “Nós mantivemos os nossos valores, que podem variar de acordo com quantidade e marca, de R$ 10,00 a R$ 25,00”, frisou, acrescentando que as farmácias têm se preocupado em manter o estoque para atender à população. Segundo ele, essas doenças são muito sérias. “Elas podem prejudicar nossa saúde e o repelente tem contribuído com a sociedade, evitando as picadas do mosquito”.

A farmacêutica Ana Caroline disse que, em seu local de trabalho, localizado também na Avenida Ataíde Teive, bairro Liberdade, a procura é tão grande que o estoque de repelentes acabou. “Já fizemos o pedido e estamos aguardando chegar um novo carregamento. Acredito que esgotou porque, além das mulheres grávidas, muitos jovens, crianças e idosos estão adquirindo os produtos de prevenção”.

Segundo ela, o valor para obter o repelente está entre R$ 10,00 e R$ 20,00, assim como os demais produtos, como inseticidas. “Não reajustamos o preço e acho que esse fator influencia, pois vendemos bastante, diferente de outras farmácias”, destacou.

MOSQUITEIROS – O empresário Emanuel Silva, proprietário de uma loja que comercializa mosquiteiros na Avenida dos Bandeirantes, bairro Buritis, na zona Oeste, informou que a venda do produto aumentou cerca de 50%. “No período do inverno é quando mais vendemos. Mas, após a divulgação do zika vírus, o número de pessoas comprando aqui duplicou”, disse.

Conforme Silva, há dois tipos de mosquiteiros e eles não subiram de preço. “Existem aqueles mais fechados, que custam aproximadamente R$ 35,00, e outros mais abertos, no valor de R$ 15,00. A clientela tem preferência pelo mais caro, pois é o melhor”. (B.B)