A Guiana acusa a Venezuela de violar uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que proíbe os países de realizar qualquer ação que agrave o litígio centenário sobre Essequibo. Essa região representa 75% do território guianense e contém reservas de petróleo que passam de mais de 10 bilhões de barris.
No dia 1º de dezembro de 2023, o tribunal também proibiu o País governado pelo ditador Nicolás Maduro de fazer qualquer ação que mude a atual situação da disputa enquanto se aguarda uma sentença sobre o caso.
A Guiana se refere à conclusão, pelo Exército da Venezuela, da ponte que liga o País venezuelano à ilha de Ankoko, especialmente à base militar que fica na área que pertence à nação guianense. Uma sentença de 1899 e um acordo de 1905 estabeleceram a divisão da ilha entre os dois países, com a soberania da Guiana sobre o território a leste da linha de fronteira.
“As atividades da Venezuela, incluindo suas atividades militares a leste da linha de fronteira, violam a soberania da Guiana, e o direito internacional exige que sejam interrompidas e que todo o pessoal, instalações ou equipamentos construídos ou trazidos pela Venezuela sejam removidos”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Guiana em comunicado.
Na última semana, o ministro guianense das Relações Exteriores, Hugh Todd, tratou o assunto com o embaixador venezuelano na Guiana, Carlos Amador Perez Silva, a quem manifestou protesto formal contra a conclusão da ponte.
Todd também reiterou o compromisso da Guiana com o acordo feito com a Venezuela em dezembro de 2023 para que os países não usem a força durante o litígio. Perez Silva afirmou que o governo venezuelano recebeu a nota de protesto e adiantou que seu País divulgará uma explicação sobre o caso.
Todd também reafirmou o compromisso de seu País com o processo na CIJ e as leis e os tratados internacionais. Pérez Silva afirmou que a Venezuela apresentará defesa tréplica sobre a controvérsia em 12 de agosto de 2025.