As mulheres estão à frente de 35% dos negócios atuais e 45% delas são empreendedoras, de acordo com a pesquisa Empreendedorismo Feminino, publicada em 2019 pelo SEBRAE. Ao todo, são 9,3 milhões de mulheres comandando negócios no Brasil, número que ultrapassa a taxa de homens na direção de novos mercados.
No relatório anual da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 49 países e coordenado no Brasil pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), com o apoio do SEBRAE, é possível notar que, em 2018, havia 23,8 milhões de brasileiras com negócios abertos nas fases nascentes — até três meses –, iniciais — com menos de 42 meses de operação — e estabelecidos — com a idade posterior a cinco anos.
Desde 2014, esse é o melhor cenário da pesquisa, já que o número de empreendimentos abertos por oportunidades de mercado superou os que foram iniciados por necessidade. Os índices foram de 61,8% e 37,5%, respectivamente. No total, contando homens e mulheres, são cerca de 51,9 milhões de empreendedores.
Dessa forma, dois em cada cinco adultos, entre 18 e 64 anos, são empreendedores. Mesmo assim, os reflexos do trabalho formal são vistos no mercado autônomo. Isso porque as mulheres ganham 22% a menos que os homens empresários, mesmo com o grau de escolaridade 16% mais alto que eles.
Como fazer seu negócio prosperar
A fase mais complicada para um negócio são os primeiros anos. Os motivos mais comuns para o fechamento ou a desistência na abertura é a burocracia e os impostos que devem ser pagos. Por isso, é importante escolher um segmento interessante e que tenha conexão com suas habilidades.
Investir em capacitação voltada ao mercado é uma boa alternativa. Na faculdade de administração, por exemplo, um bom plano de negócios com a definição de público-alvo do produto ou serviço que será vendido, quais os diferenciais dele e como ele irá agregar valor ao cliente pode ser desenvolvido. Conhecimentos em gestão financeira também podem ser adquiridos.
O SEBRAE e a Rede Mulher Empreendedora (RME) oferecem iniciativas de capacitação e integração entre as pessoas que pretendem empreender. No segundo caso, a rede disponibiliza esses serviços apenas às mulheres, além de promover a troca de conhecimento entre elas durante os encontros.
Depois disso, é necessário ter o capital necessário para a abertura. Se isso não for possível, há linhas de crédito disponíveis no mercado. A Caixa, por exemplo, possui uma exclusiva para mulheres, que tem tarifas reduzidas para apoiar as micro e pequenas empreendedoras.