A inflação pelo mundo vem punindo empresas pelo mundo todo, dizimando trilhões em valor de mercado de empresas listadas na bolsa de valores no Brasil e pelo mundo. Nem mesmo a Vale, maior empresa da B3, aguentou o cenário pessimista e passou de uma alta de mais de 30% no ano até março para uma queda até o momento de quase 9%.
A Brasil Bolsa Balcão, B3, divulgou dado ao mercado, alertando que somente no mês passado, o volume total de negociação caiu 25%, reforçando o cenário já prevista de fuga de capital de ativos de risco para a segurança que atualmente paga incrivelmente bem. Produtos de renda fixa como o próprio tesouro direto que rende 100% do CDI, já entregam uma rentabilidade de pelo menos 13,25% ao ano dentro de uma categoria “livre de risco”.
Traduzindo esse efeito de fuga, volto a falar sobre o que de fato move os preços das ações, oferta e demanda. Considerando que investidores investiam em ações no Brasil comprando e se tornando sócios, ao desistir da renda variável e migrar para a segurança, o investidor deve liquidar sua posição, ofertando suas ações ao mercado, o problema é que quando milhares de pessoas fazem isso constantemente, temos um pico de oferta de pessoas vendendo suas ações que derruba o preço das mesmas.
Até o final do ano com a incerteza do período de eleições, o mercado de ações deve ficar ainda mais “estressado” com uma volatilidade que, se aproveitada da maneira correta, pode ser muito interessante para o investidor, mas o cuidado deve ser redobrado.