Após mais de seis anos de negociações com credores, a Justiça encerrou o processo de recuperação judicial da operadora de telefonia Oi. A companhia confirmou a notícia nesta quinta-feira (15), e depois disso, as ações da empresa dispararam. Até às 16h30 as ações da empresa subiam 41,45%, a R$ 0,64.
A Oi entrou em recuperação em 2016, com dívidas de R$ 65,4 bilhões. Em 2020, a Justiça aprovou a divisão dos ativos da companhia em cinco Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), colocadas à venda, entre elas o serviço de operação móvel.
O prazo inicial para o fim da recuperação judicial era 4 de outubro de 2021, mas a Justiça prorrogou a conclusão para 31 de março de 2022. Nesta data, a Justiça deu prazo de 60 dias para o administrador judicial apresentar novo quadro geral de credores, mostrando a situação atual dos acordos para pagamentos das dívidas da empresa.
Para o CEO da empresa, Rodrigo Abreu, o processo de recuperação judicial foi um dos maiores e mais emblemáticos do país, e a conclusão é vista como essencial para a reformulação e diminuição da complexidade da empresa, com foco na expansão da fibra e negócios digitais.
“Daqui para a frente, iniciamos uma nova série de desafios bastante críticos, fundamentais para o nosso sucesso futuro. É importante entender que ainda temos necessidades de resolver questões importantes relativas ao nosso futuro, incluindo o trabalho cada vez mais intenso para o crescimento de nossas operações e desenvolvimento de novas fontes de receita, a contínua busca pela eficiência e simplificação da empresa e redução de seus custos”, explicou o CEO.