Economia

Após suspensão e adiamento da prova, concurso da Polícia Rodoviária Federa

Ao todo, são 1.500 vagas disputadas, ultrapassando a marca de 200 candidatos por vaga

A princípio programado para 2020, o concurso mais recente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi adiado mais de uma vez por causa da pandemia do Covid-19 e acabou sendo realizado só agora, no dia 9 de maio. Ao todo, foram 356.894 inscritos para disputar 1.500 vagas (mais 500 vagas para excedentes), de acordo com dados divulgados pela própria PRF.

Foram 202 candidatos por vaga, mas na prática o número é bem menor. O concurso registrou uma taxa de ausência muito alta, totalizando 99.089 candidatos que não compareceram para a realização da prova. Isso corresponde a 32% de todas as inscrições, uma marca acima da média de concursos públicos no geral. Acredita-se que o principal motivo de tantas ausências foi a pandemia, já que muitas pessoas se posicionaram contra a realização da prova em maio.

Se comparado com a última seleção realizada, o aumento de candidatos foi de 135%. O concurso PRF, realizado em 2018, teve 129.152 inscritos para 500 vagas. Na edição de 2021, foram 1.125 vagas para ampla concorrência (304.330 inscritos), 75 para pessoas com deficiência (1.382 inscritos) e 300 para cotas raciais (51.182 inscritos). Todas são para policial rodoviário federal e exigem nível superior em qualquer área, idade entre 18 e 65 anos e CNH ativa. O salário inicial é de R$ 9.899,88, com um adicional de R$ 478, mas pode chegar a até R$ 16.552,34, com progressão na carreira.

Como de costume, a prova tem caráter eliminatório e contou com questões objetivas e discursivas, totalizando 120, divididas em três blocos. O primeiro trouxe questões de língua portuguesa, matemática (raciocínio lógico), informática, física, geopolítica brasileira, ética no serviço público e língua estrangeira (inglês ou espanhol, de acordo com a preferência do candidato). O segundo bloco trouxe questões focadas exclusivamente em legislação de trânsito. O terceiro e último é focado em perguntas de áreas mais específicas, como direito administrativo, direito constitucional, direito penal, legislação especial e direitos humanos.

Aqueles que forem selecionados na primeira etapa serão encaminhados para um exame de aptidão física, que está marcado para acontecer entre 19 e 20 de junho. O que vem depois são avaliações de saúde, psicológico, de títulos e, por fim, uma investigação social sobre o candidato. Passando por todas essas etapas, será iniciado um curso de formação profissional, que por enquanto ainda não tem data prevista.