Os dados comparativos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PnadC/IBGE), para o período do 1º trimestre de 2021 com o 1º de 2020 (meses de janeiro, fevereiro e março), antes do início da pandemia, indica que o mercado de trabalho ainda está longe de dar sinais de recuperação.
A pandemia veio aprofundar o quadro de desestruturação do mercado de trabalho que já era grave. Conforme a pesquisa, houve uma queda de 6,6 milhões no contingente de ocupados; aumento do total de desempregados de 12,9 milhões para 14,8 milhões. O número de pessoas fora da força de trabalho atingiu 9,2 milhões de pessoas a mais do que no 1º trimestre de 2020.
A taxa que combina desocupados e desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) passou de 16,0%, no primeiro trimestre de 2020, para 19,5%, no mesmo período de 2021. E o dado mais preocupante é que, entre os chefes de família, essa mesma taxa combinada de desocupação com desalento correspondeu a 11,2%, em 2020, e a 13,4%, em 2021, o que indica maior número de famílias em situação de vulnerabilidade.
Ainda, entre os desempregados, a proporção daqueles que procuraram trabalho há mais de 5 meses aumentou de 49,6% para 61,3%.
Os rendimentos médios do trabalho, calculados por hora, ficaram estáveis – R$ 15,13 no 1º trimestre de 2020 e R$ 15,41, no mesmo período de 2021, porém o dado não permite comemoração, uma vez que os que ganhavam menos foram os que mais sofreram com a pandemia, perdendo emprego e renda. Assim, os que tinham maiores rendimentos permaneceram em casa, trabalhando, o que manteve a média no mesmo patamar de 2020.
Em Roraima, nos três primeiros meses do ano de 2020 eram 213 mil pessoas ocupadas, e no mesmo período deste ano eram 216 mil. Já o número de desocupados era de 42 mil pessoas em 2020 e 35 mil em 2021, nos meses de janeiro, fevereiro e março de cada ano. Confira a tabela abaixo com mais informações.