Economia

Comércio ignora quarentena e abre portas também no feriado 

Tanto na avenida Jaime Brasil, no Centro da cidade, e na avenida Ataíde Teive, zona oeste da Capital, algumas lojas abrem normalmente neste feriado

Se com as regras de saúde pontuadas nos decretos municipal e estadual, conforme estabelece a OMS (Organização Mundial de Saúde) para evitar a contaminação do coronavírus, as pessoas não cumprem, nesta quinta-feira (9), feriado de aniversário de Boa Vista, não está sendo diferente.

Muitos lojistas abriram as portas de seus negócios, e alguns deles justificaram o motivo. É o caso do empresário Élson Parente, dono de uma loja na avenida Ataíde Teive.

Ele relatou à FolhaBV que, apesar do medo de contaminação, manteve as portas abertas até mesmo no feriado, na tentativa de vender algum produto que auxilie a enfrentar as dificuldades financeiras que vêm enfrentando. 

“Nós encontramos dificuldades desde o decreto que pediu o fechamento do comércio no início da pandemia. E insistimos em abrir durante o feriado, pela esperança de conseguir alguma coisa que nos auxilie. Temos contas a pagar e devido a isso estamos aqui, procurando meios de vender algum produto que possa ajudar a nos manter”, disse Elson. 

Além disso, ele alega ter procurado auxilio do governo, destinado às micro e pequenas empresas, mas assim como outros comerciantes, não conseguiu ter acesso ao benefício. 

“Nenhum comerciante tem capital de giro suficiente para aguentar um período tão longo como esse. Tem mais de 100 dias que estamos tendo que manter as portas fechadas e quando buscamos o auxílio do governo destinado aos micros empresários, não conseguimos acesso”, explicou.  

 Consumidores ignoraram a quarentena por conta do coronavírus e foram aos centros comerciais da cidade (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

E se tem lojas abertas é porque tem consumidores dispostos a gastar. Alguns usando máscaras e outros não. A professora Eliza dos Santos Moraes, moradora do bairro Liberdade, disse que foi a uma loja, pois precisava comprar um produto necessário.

“Fui, mas usei máscara e meu álcool está aqui dentro da minha bolsa. Não saio de casa sem qualquer prevenção, mas ainda vemos muita gente nas ruas sem os itens básicos de prevenção”, ressaltou Eliza.