Atualmente, a sustentabilidade é um tema muito discutido e valorizado pelo consumidor de diversas segmentações. Agora, fatores como crueldade contra animais, processos de confecção que causam danos à natureza e quantidade de lixo produzido ao adquirir determinado produto são parte da lista de divisores de águas no momento de escolher entre uma marca ou a concorrente.
Uma prova desse interesse é o crescimento do marketing verde. Essa estratégia tem o objetivo de valorizar os benefícios ao meio ambiente que a empresa ou o produto oferece em qualquer uma de suas partes – desde gestão e organizações internas até a composição do produto que chega às mãos do cliente.
A Pesquisa “Rumo à Sociedade do Bem-Estar”, realizada pela Akatu, aponta como esse comportamento das empresas impacta diretamente na decisão do comprador. Segundo o levantamento, há cinco características principais que influenciam a preferência por determinada empresa: “Não maltratar animais” (52%), “Ter boas relações com a comunidade” (46%), “Ter selos de proteção ambiental” (46%), “Ajudar na redução do consumo de energia” (44%) e “Ter selo de garantia de boas condições de trabalho” (43%). Já as principais causas de impactos negativos são: “Ter produtos que podem causar danos à integridade física dos seus consumidores” (72%) e “Fazer propaganda enganosa” (71%).
Adaptações ecológicas
Mudanças em atividades simples mudam a forma como uma marca se relaciona com o meio ambiente. As adaptações podem exigir pequenos esforços a princípio, mas se mostram vantajosas e econômicas para a própria empresa que as adere a médio e longo prazo.
1 – Priorizar equipamentos de alta eficiência energética
Maquinários que gastam menos energia, além de ajudarem o meio ambiente, geram menores custos para a empresa. Por isso, é recomendado atualizar os equipamentos e manter a manutenção em dia, para que defeitos ou processos ineficazes não gerem gastos desnecessários de tempo, dinheiro e material, além de outras adaptações, como a compra de lâmpadas de LED ou fluorescentes e de equipamentos com o selo do Inmetro de eficiência A (indicando menor consumo), como, por exemplo, aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores e aquecedores de água.
2 – Evitar o desperdício de papel
Só deve ser impresso o que é realmente necessário. Hoje, o processo de digitalização, armazenamento em nuvens e envios por e-mail toma o lugar de processos antigos que geravam ainda mais lixo e contribuiam para o desmatamento.
As notas fiscais eletrônicas exemplificam muito bem essa modernização em favor da economia: segundo dados do sitenfe.fazenda, de 2006 até 2019, a economia estimada é de 88 bilhões de folhas de papel, já que a versão impressa exigia, em média, quatro vias.
3 – Dar um destino aos resíduos
Uma atitude simples e de baixo investimento é destinar os produtos que não serão mais utilizados à coleta seletiva. Deve-se conferir quais resíduos podem ser recicláveis e treinar os funcionários a essa prática em todas as áreas da empresa.