As medidas de isolamento adotadas para evitar o contágio do novo coronavírus acarretaram no fechamento do comércio, causando uma crise econômica. Muitos empresários inovaram para continuar tendo lucro, mas os trabalhadores informais e terceirizados não puderam realizar seus serviços e estão passando por dificuldades.
O presidente em exercício do sindicato dos garçons, Dário Galdino, explica que desde o início da pandemia a classe trabalhadora desse ramo vem sofrendo constantemente, não só por não haver trabalho, mas por não estarem recebendo seus direitos.
“Com o início da quarentena começaram a ocorrer demissões em massa. Muitas empresas aderiram à suspensão dos contratos ou redução de jornada de trabalho. Com fluxo de faturamento parado, nosso cenário atual é grave, recebemos muitas denúncias de trabalhadores de carteira assinada e pessoas demitidas que não receberam seus direitos e desacreditam no futuro”, disse Galdino.
Além disso, o presidente do sindicato afirma ainda que mesmo após a reabertura do comércio, os trabalhadores desse ramo não conseguem se estabelecer. “Após o restabelecimento da reabertura do comércio local, o mesmo não consegue alcançar e atender os bares, hotéis e restaurantes ainda gerando transtorno ao segmento” completou Galdino.
O microempresário Lucas Soares trabalha com aluguel de mesas e cadeiras, explica que ele passou a trabalhar com entregas para conseguir algum dinheiro e não precisar vender o seu material como outros do seu ramo acabaram fazendo.
“Nesses dois últimos meses antes do decreto que definia a abertura do comércio, nos perdemos 90% dos aluguéis. Começamos a retomar a prestação dos nossos serviços quando teve de fato a reabertura. Vi muitos amigos meus colocando seus produtos para vender, porque não conseguiram alugar e precisam pagar as suas dívidas. Estou esperando agora nesse período de pandemia para ver o que acontecerá, se conseguirei retomar”, disse Soares.
PEDIDO DE AJUDA
Para ajudar aqueles que precisam de apoio durante esse período de pandemia, o setor de gastronomia está realizando uma campanha para entregar mais de 100 cestas básicas para os autônomos da classe.
O presidente em exercício do sindicato dos garçons explica que essa campanha auxilia as famílias para que elas tenham no mínimo de sustento. “Estamos sem perspectiva para a volta do mercado gastronômico e os trabalhadores autônomos estão com uma bagagem saturada de contas atrasadas. Esperamos que isso ajude pelo menos um pouco essas famílias”, explicou Galdino.
Aqueles que puderem prestar o seu apoio através de doações podem entrar em contato através do número (95) 99116-5862 ou se direcionar ao terminal do Caimbé, na sala 46-das 8h até as 12h.
