Após a confirmação de 10 casos de coronavírus em Roraima, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Roraima (Sintracomo/RR), filiado à CSP-Conlutas, está pedindo aos patrões para que a categoria fique em casa.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores devem seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de isolamento social, ou seja, evitar ao máximo o contato com outras pessoas, além de ficar em casa o quanto for possível, mas apesar disso, os operários continuam tendo que se locomover até o ambiente de trabalho, em muitos casos, pegando transporte público e estando expostos a contaminação.
“Seguimos em contato com a patronal para o atendimento dessas reivindicações. A posição do sindicato é de que os trabalhadores sejam remunerados para ficar em casa, para isso, estamos cobrando da patronal esta dispensa. Algumas empresas já liberaram os trabalhadores e queremos que isso seja feito em todas as obras”, salientou o presidente do sindicato, Zé Lima.
O Sintracomo enviou ofício para o sindicato patronal – Sinduscon – com essa exigência.
Em entrevista a FolhaBV, o vice presidente do Sinduscon, Clerlanio Holanda, disse que o setor da Construção não pode parar.
“A gente ver o momento de dificuldades de todos os segmentos, e nós temos contratos a cumprir, e por isso estamos seguindo todas as recomendações da OMS, e dispensando aqueles que apresentem sintomas, ou que estejam no grupo de risco, porém o restante não pode parar”, informou.
“A nossa preocupação é segurar os empregos, se as empresas pararem a gente terá que demitir. Então vamos continuar trabalhando, mas seguindo todos os cuidados necessários para resguardar a saúde dos trabalhadores”, completou.